Durou pouco a Olimpíada do atacante Jô, utilizado pelo técnico Dunga apenas em 148 minutos dos Jogos de Pequim. No entanto, o jogador que foi negociado recentemente por um valor de mercado superior ao de Ronaldinho Gaúcho soube aproveitar sua chance como titular da seleção e acabou saindo do evento em alta, sendo convocado para os jogos de setembro contra Chile e Bolívia, pelas eliminatórias da Copa de 2010.

Jô teve sua primeira oportunidade de sair jogando nesta sexta-feira, na partida contra a Bélgica que valia a medalha de bronze dos Jogos Olímpicos. Empolgado com a chance, o atacante do Manchester City teve boa atuação e participou dos três gols da vitória por 3 a 0, marcando dois e iniciando a jogada de outro.

Desta forma, Jô deixa a China com moral acima da média geral do grupo, que deverá ter a seqüência na seleção marcada pelo fracasso na batalha pelo inédito ouro olímpico. O atacante celebrou seu triunfo pessoal no jogo de Xangai.

"Acho que fiz o meu papel, é um orgulho estar em uma Olimpíada. Tenho o sentimento de dever cumprido e espero estar com a seleção principal daqui em diante", disse Jô logo após a vitória sobre os belgas na disputa do 3º lugar.

Antes de se juntar à seleção para a disputa dos Jogos Olímpicos, Jô foi negociado pelo CSKA (Rússia) para o Manchester City (Inglaterra) por cerca de US$ 38 milhões, valor superior à cifra paga pelo Milan por Ronaldinho Gaúcho (cerca de US$ 32 milhões). No entanto, o camisa 18 disse não estar no patamar do companheiro de seleção olímpica.

"Foi apenas um episódio isso (negociação superior a de Ronaldinho). Não me considero nem aos pés dele, que já fez muita coisa no futebol", declarou.

Autor de dois gols nas Olimpíadas, o Jô defendeu a seleção na China foi um atacante de um perfil bem diferente daquele que despontou pelo Corinthians há alguns anos. O atleta passou por um processo de fortalecimento muscular na Europa que lhe deu peso e massa, passando de 75 kg para 85 kg, mudando sua compleição física.

"Mudei muito nesses dois anos e meio em que estou no futebol europeu. Todo mundo passa por esse processo de fortalecimento, de alimentação. Foi importante no meu caso", disse o atacante de 21 anos em seus últimos momentos como atleta olímpico.

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