Para chegar ao pódio pela terceira vez seguida no vôlei de praia dos Jogos Olímpicos, Ricardo precisou superar as dores no tornozelo esquerdo, que sofreu uma fissura cerca de um mês antes das Olimpíadas de Pequim.

O jogador chegou a ficar 15 dias de muletas na reta final de preparação para a Olimpíada, correndo até o risco de ficar fora dos Jogos. O tratamento realizado no Brasil permitiu que Ricardo fosse para Pequim, mas não acabou com as dores do jogador. "Na hora que dói você pensa na conquista e esquece um pouco a dor", afirmou Ricardo.

Mesmo assim, a dupla com Emanuel não conseguiu apresentar um grande desempenho em Pequim. Os brasileiros quase foram eliminados nas oitavas-de-final para os russos Dmitry Barsuk e Igor Kolodinskiy.

Nas semifinais, diante dos compatriotas Márcio e Fábio Luiz, Ricardo e Emanuel jogaram mal e foram derrotados. Mas conseguiram subir ao pódio ao derrotarem os brasileiros naturalizados georgianos Jorge e Renatão na disputa do bronze.

Com a vitória na noite desta quinta (de Brasília, manhã de sexta em Pequim), Ricardo conquistou sua terceira medalha olímpica. Agora, ele tem uma de cada cor, já que foi prata em Sydney-2000 ao lado de Zé Marco e ouro em 2004 jogando com Emanuel.

"Esta medalha é tão importante quanto as outras. A de ouro marca mais por ser mais valorizada, mas para mim, como atleta, as três têm o mesmo valor", comemorou Ricardo.

Além de Ricardo, o Brasil tem poucos atletas que conseguiram subir ao pódio três vezes seguidas: o velejador Torben Grael, o nadador Gustavo Borges e o cavaleiro Rodrigo Pessoa.

Eles estão atrás de Robert Scheidt, que nesta quinta-feira conseguiu sua quarta medalha consecutiva ao ficar com a prata na classe Star da vela dos Jogos Olímpicos de Pequim.

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