A levantadora Fofão, mais do que ninguém, sentiu na pele o trauma brasileiro nas semifinais dos Jogos Olímpicos. Ela esteve presente nas derrotas de Barcelona-1992, Atlanta-1996, Sydney-2000 e Atenas-2004. Agora, como capitã da seleção brasileira feminina de vôlei, vai disputar em Pequim a final pela primeira vez.

"Eu tive paciência e tranqüilidade para chegar neste momento", disse Fofão, de 38 anos, que defende a seleção brasileira desde 1991.

A jogadora teve grande participação na classificação brasileira para a final de sábado (às 9h, de Brasília), contra os Estados Unidos. Em grande momento na carreira, ela dá segurança às atacantes brasileiras, ajudando Mari, Paula Pequeno e Sheilla a brilharem.

Fofão foi reserva nas campanhas de Barcelona-1992, Atlanta-1996 e Atenas-2004, sempre banco de Fernanda Venturini. Em Sydney-2000, ganhou a sua primeira chance como titular.

"Eu esperava ter saído depois de 2004. Mas de repente você faz parte de um grupo que começa a vencer...", disse a jogadora. Alçada ao posto de capitã, ela guiou o Brasil na campanha do vice-campeonato mundial de 2006, no Japão.

Agora, vive os últimos momentos de seleção brasileira. Fofão já anunciou que vai deixar a equipe depois dos Jogos Olímpicos de Pequim. E nem mesmo o sucesso na China fará a jogadora mudar de idéia.

"Quando você toma uma decisão, tem que estar preparada. Graças a Deus estou preparada. Estou satisfeita de chegar à minha quinta Olimpíada", disse a levantadora. "Estou aproveitando os meus últimos momentos. Sei como é importante esta camisa para mim. É toda uma vida", completou.

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