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21/08/2008 - 04h18

Comportamento de Bolt é alvo de críticas do presidente do COI

Do UOL Esporte
Em São Paulo
Extrovertido para uns, arrogante para outros, Usain Bolt continua criando polêmica nos Jogos Olímpicos. Dessa vez quem soltou o verbo contra o velocista foi ninguém menos que Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional, que viu certa falta de respeito nas atitudes do jamaicano depois das vitórias nos 100 e 200 m rasos.

Wolfgang Rattay/Reuters
Para presidente do COI, Bolt deveria dar a mão aos adversários e fazer menos show
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"Eu não vejo nenhum problema em Bolt fazer um show. Mas acho que ele poderia mostrar um pouco mais de respeito com seus competidores e apertar as mãos, dar um tapinha nas costas depois das corridas e não agir como ele agiu nos 100 m rasos", reclamou o dirigente, referindo-se aos braços abertos e ao tapa no peito nos últimos metros da corrida do jamaicano.

"Eu entendo a sua felicidade. Talvez ele tenha tido outra intenção no momento, mas a maneira com que isso foi interpretado foi como um 'pegue-me se puderem'", afirmou Rogge. "Isso não se faz. Mas ele vai aprender. Ele ainda é novo".

Na quarta-feira, após vencer e quebrar o recorde dos 200 m rasos, a atitude não foi muito diferente. Bolt levou a corrida a sério até o final, mas após a linha de chegada não se esforçou para cumprimentar os competidores, preferindo enrolar-se na bandeira jamaicana, dançar ao som da música do estádio ou gritar "eu sou número um!" para as câmeras.

"Não é isso que se entende por um campeão", declarou o presidente, sem deixar de enaltecer o feito do velocista. Bolt foi o primeiro a vencer a prova dos 100 e 200 m rasos depois de Carl Lewis em 1984, e o único a fazê-lo quebrando ambos os recordes. "Ele deveria cumprimentar seus adversários e não ignorá-los. Ele vai aprender isso cedo ou tarde. Mas, é claro, ele é um grande atleta".

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