UOL Olimpíadas 2008 Notícias

20/08/2008 - 00h38

Rivalidade brasileira acaba com chance de pódio na maratona aquática

Bruno Doro
Em Pequim (China)
Sem medalhas na estréia da maratona aquática feminina nos Jogos Olímpicos de Pequim, as brasileiras Poliana Okimoto e Ana Marcela Cunha lamentaram a chance perdida de quebrar o tabu de pódios da natação feminina do país.


As nadadoras, que chegaram a brigar entre si pela terceira posição nos quilômetros finais do trajeto mas perderam força e se distanciaram das primeiras colocadas na reta final, concordaram que um erro de estratégia custou o inédito pódio. Ana Marcela foi a mais bem colocada, com o quinto lugar. Poliana bateu em sétimo.

"Foi uma falta de visão nossa, uma querendo ficar na frente da outra, e acabamos perdendo o grupo", admitiu Ana Marcela. "Isso atrapalhou um pouco."

Poliana também saiu descontente. "Uma atrapalhou a outra. Perdemos o vácuo no final", disse a brasileira, cotada entre as favoritas na disputa por medalha. "Poderíamos ter chegado mais perto."

De acordo com a nadadora paulista, as atletas não conseguiram ter boa visão da prova para traçar uma estratégia mais agressiva. "Quando a russa (Larisa Ilchenko) deu o sprint final, não tinha mais como me aproximar, ela ficou muito distante."

Mesmo assim, Poliana fez uma avaliação geral positiva de sua participação na primeira maratona aquática olímpica. "Foi uma das melhores provas que eu já fiz", amenizou. "Estava forte e a tática foi quase perfeita."

Já Ana Marcela, que fez sua estréia nos Jogos aos 16 anos, também minimizou o problema. "Terminar em quinto não foi ruim", disse a novata baiana. "Fui a mais jovem da prova. Ainda tenho Londres (Jogos de 2012) pela frente. Vou estar mais experiente e mais forte."

Mesmo assim, o resultado de Ana Marcela consagra a maratonista aquática como dona do melhor resultado feminino do país na natação dos Jogos de Pequim. Depois dela, Gabriella Silva foi a sétima colocada nos 100 m borboleta, mesma colocação de Poliana Okimoto na maratona.

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