UOL Olimpíadas 2008 Notícias

19/08/2008 - 09h09

Último dia da ginástica consagra China e Liukin; Shawn Johnson leva 1º ouro

Do UOL Esporte
Em São Paulo
Daqui a alguns anos, quando quiserem falar sobre os resultados da ginástica artística nos Jogos de Pequim, poderão pegar o último dia como um retrato quase exato de toda a competição: uma campanha irrepreensível da China, a consagração de Anastasia Liukin, o fracasso de Fei Cheng e a confirmação de Shawn Johnson.

AFP/Franck Fife
Xiaopeng Li tornou-se bicampeão olímpico e aumentou o número de ouros da China
AP/Matt Dunham
Johnson enfim conseguiu subir no lugar mais alto do pódio, com série na trave
AP/Matt Dunham
Prata na trave foi a quinta medalha de Anastasia Liukin nas Olimpíadas de Pequim
FOTOS DO ÚLTIMO DIA DA GINÁSTICA
MAIS NOTÍCIAS DA MODALIDADE
NÃO SOU AMARELÃO, DIZ HYPÓLITO
TODOS OS RESULTADOS EM PEQUIM
Três finais por aparelhos foram disputadas nesta terça-feira, encerrando o calendário da ginástica nestas Olimpíadas. Na decisão das barras paralelas, a primeira do dia, Xiaopeng Li tornou-se bicampeão olímpico (venceu também em Sydney-2000) e faturou o oitavo e último ouro da China na modalidade em Pequim.

Último a se apresentar na rotação, Li mostrou que ainda não tem adversários a sua altura. Com uma atuação quase impecável, o chinês somou 16,450 pontos, deixando para trás o sul-coreano Wonchul Yoo (16,250) e o uzbeque Anton Fokin (16,200). A decepção da prova ficou por conta do esloveno Mitja Petkovsek. Atual bicampeão mundial, o europeu cometeu uma falha grave durante sua apresentação e teve de se contentar com o quinto lugar.

E se o dia começou com um ouro chinês, terminou da mesma forma. Kai Zou, que havia se aproveitado das falhas de Marian Dragulescu e Diego Hypólito para ficar com o ouro no solo, repetiu a dose na barra fixa, desbancando favoritos como Fabian Hambuechen, da Alemanha, e Igor Cassina, da Itália. O ginasta local somou 16,200 pontos. A prata ficou com outro azarão, o norte-americano Jonathan Horton (16,175), seguido por Hambuechen (15,875), campeão mundial. Cassina, campeão olímpico em Atenas-2004, terminou em quarto lugar.

O êxito chinês mostra o resultado do grande investimento feito pelo país na ginástica artística visando aos Jogos de Pequim. Além disso, torna-se um bom negócio na disputa direta com os Estados Unidos na briga pela liderança do quadro olímpico de medalhas. Até esta terça, quase um quinto dos ouros chineses em Pequim (nove em 41) veio da ginástica artística.

A outra decisão do dia era a mais aguardada. Na trave de equilíbrio, mais uma vez Fei Cheng, Anastasia Liukin e Shawn Johnson travaram batalha acirrada nas primeiras colocações, acabando com as chances de pódio das adversárias.

Cheng, que caiu em suas apresentações de solo e salto, fez uma performance boa, tirou 15,950 pontos e ficou com a liderança até que Johnson se apresentasse. Nessa hora, a norte-americana voltou a mostrar a bela série apresentada nas eliminatórias e na final do individual geral, ficando com 16,225 pontos e roubando a liderança da ginasta local. Liukin foi a penúltima a se apresentar e, novamente, fez uma performance correta. Ficou com 16,025 pontos e não conseguiu tirar o ouro da compatriota, mas desbancou a chinesa.

Johnson, que chegou a Pequim como candidata a ser a maior estrela da ginástica nos Jogos, ficou com apenas essa medalha dourada, além das pratas por equipes, individual geral e solo. Anastasia Liukin, por sua vez, chegou a sua quinta insígnia, quase um recorde. Foi ainda campeã do individual geral, prata por equipes e nas assimétricas e bronze no solo.

Já Fei Cheng encerra sua segunda participação olímpica com apenas um ouro por equipes e os bronze de trave e salto, muito pouco para quem era tida como a grande aposta da China na ginástica. Aos 20 anos, ela deve se despedir de Olimpíadas, já que a renovação na ginástica chinesa é constante.

Compartilhe: