UOL Olimpíadas 2008 Notícias

08/08/2008 - 06h07

No boxe, Washington e Robenílson pegam chaves favoráveis

Do UOL Esporte
Em São Paulo
Os brasileiros terão boas chances de ao menos passarem da estréia do boxe nos Jogos Olímpicos, após a divulgação das chaves do torneio. O sorteio aconteceu nesta sexta-feira em Pequim e Washington Silva e Robenílson Vieira foram os maiores beneficiados, fugindo de pugilistas de países mais tradicionais da modalidade.

Caio Guatelli/FI
Washington Silva (esq.) terá chave mais fácil que o companheiro Myke Carvalho
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Washington, da categoria meio-pesado, até 81 kg, fará sua primeira luta contra Azea Augustama, do Haiti, um rival de pouca expressão. Assim, o paulista tentará sua primeira vitória em Olimpíadas, após ser eliminado na estréia em Atenas-2004. Na ocasião, sua mão estava fraturada e desta vez uma nova contusão será sua maior rival, lutando com o ligamento cruzado do joelho rompido.

A vantagem de Washington é que sua categoria não conta com cubanos ou norte-americanos. Além disso, os pugilistas do leste europeu e os chineses estão na chave oposta e seriam adversários apenas em uma final.

Já o mosca Robenílson (até 51 kg), pega na primeira fase Anuruddha Ratnayake, do Sri Lanka. O sorteio também foi favorável ao baiano, estreante nos Jogos, que poderia ter um norte-americano nas semifinais, quando já teria garantido um bronze - o torneio olímpico premia os dois semifinalistas com medalhas, sem disputa de terceiro lugar.

Paulo Carvalho (até 48 kg) começa sua jornada contra Redouane Bouchtouk, do Marrocos, e encontraria adversários fortes a partir das quartas-de-final, da Rússia e Cuba, que terá Yampier Hernandez. É a mesma situação de Everton Lopes (até 60 kg), que estréia contra Asylbek Talasbaev, do Quirquistão, e pode ter um russo em seu caminho nas quartas-de-final.

Os mais prejudicados pelo sorteio foram Myke Carvalho (até 64 kg) e Robson Conceição (até 57 kg). O primeiro, paraense e em sua segunda Olimpíada, começa contra um rival de Maurício, Richarno Colin. No entanto, depois pegaria ou um russo ou um chinês e, logo em seguida, um cubano seria o provável adversário nas quartas-de-final. Robson, por sua vez, teve ainda menos sorte e pega de cara o chinês Yang Li.

Com a definição da chave, a possibilidade de o Brasil superar a vitória única de Edvaldo de Oliveira, o Badola, em Atenas-2004, ficou maior. Há quatro anos, ele foi o único dos cinco brasileiros nos Jogos a passar da primeira rodada, mas foi eliminado em seguida.

Para motivar os pugilistas, a Confederação Brasileira de Boxe ofereceu até prêmios, dependendo da fase alcançada por cada um deles. Uma medalha de ouro vale R$ 10 mil e o valor cai sucessivamente. A menor quantia é para quem chegar às quartas-de-final, o que vale um bônus de R$ 1 mil para o lutador, fruto de uma parceria da entidade com um patrocinador.

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