O meia Riquelme, o grande maestro da seleção argentina de futebol, tratou de jogar o favoritismo pela medalha de ouro em Pequim para o Brasil, e o seu comandante, Ronaldinho, nesta quarta-feira em entrevista ao jornal
Clarín, quando falou pela primeira vez com a imprensa desde que chegou à China.
Questionado se a sua seleção entrará na competição como principal favorita para conquistar a medalha de ouro, o camisa 10 foi lacônico. "Não". E completou. "O Brasil também é. Tem o Ronaldinho, a quem se vê com muita gana". Porém, fez questão de mostrar confiança na sua equipe. "Nós temos uma boa equipe e o sonho de ir superando a cada rival para ver se podemos chegar até a final".
Riquelme destacou ainda a força da seleção olímpica argentina por seu entrosamento, já que grande parte dos prováveis titulares em Pequim já atua no time principal. Sobre o que espera da estréia, diante da Costa do Marfim, o meia mostrou preocupação. "Fazer uma grande partida, pois jogar bem vai nos dar muita confiança. Queremos começar ganhando a primeira partida para a classificação ser mais tranqüila", afirmou.
No entanto, não é a primeira vez neste ano, que o jogador argentino procura transferir a responsabilidade aos brasileiros. Durante a disputa da Taça Libertadores da América, pelo Boca Juniors, quando perguntado sobre o favorito ao título da competição, cravou. "O São Paulo de Adriano é o principal candidato. Se o atacante quiser, será difícil ganhar deles", disse.
São Paulo e Boca Juniors foram eliminados por outro brasileiro, o Fluminense, nas quartas e semifinais, respectivamente. Mais tarde, na decisão, o time do técnico Renato Gaúcho acabou derrotado pela LDU de Quito, do Equador.