O técnico Bernardinho afirmou nesta terça-feira, no desembarque da seleção brasileira masculina de vôlei em Pequim, que o fracasso na Liga Mundial disputada no mês passado no Rio de Janeiro deixou a equipe mais forte.

"Acho que o time está mais forte, mas os adversários também estão. Eles agora acreditam que podem bater o Brasil", disse Bernardinho no aeroporto de Pequim, antes de levar a seleção para o seu primeiro treino na sede da Olimpíada.

Na Liga Mundial, o Brasil perdeu para Estados Unidos e Rússia na fase final, ficando com a quarta colocação. Esta foi a primeira vez que a seleção não foi ao pódio desde que Bernardinho assumiu o time, em 2001.

O resultado no Rio de Janeiro fez com que Bernardinho dissesse que uma ferida tinha ficado aberta. O período de treinamento que a seleção realizou no Japão antes da viagem para Pequim não cicatrizou o machucado.

"Acho que a ferida vai ficar aberta por um bom tempo. Temos que aprender a jogar sangrando", disse Bernardinho.

Para o ponteiro Dante, apesar de os adversários acreditarem que agora podem bater o Brasil, a seleção ainda carrega o favoritismo à medalha de ouro.

"É verdade que os adversários estão pensando isso. Mas o Fei (craque da seleção italiana) chegou aqui e disse que o Brasil era o favorito. Ainda temos o respeito dos adversários. E precisamos manter isso", disse Dante.

O respeito foi conseguido com os resultados obtidos pelo Brasil nos últimos anos. Na 'era Bernardinho' a equipe conquistou um título olímpico, dois mundiais, seis Ligas e um pan-americano.

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