Dois dos grandes nomes da ginástica artística na disputa das barras assiméticas estão lutando contra o relógio para estarem em suas melhores condições físicas a partir do próximo sábado, quando começam as provas da modalidade nos Jogos Olímpicos de Pequim.
Campeã mundial do individual geral em 2005 e medalha de prata nas barras nos Mundiais de 2003 e 2005, a norte-americana Chellsie Memmel, uma das melhores atletas de seu país nos últimos anos, sofreu uma lesão no tornozelo no último sábado, durante um treinamento, e seu estado foi colocado em alerta pela comissão médica da equipe de ginástica dos Estados Unidos.
"A Federação Norte-Americana de Ginástica irá monitorar Chellsie diariamente", afirmou Steve Penny, presidente da Federação Norte-Americana de Ginástica, que rechaçou, por ora, um possível corte da atleta.
Memmel voltou a treinar no domingo, mas não participou das rotinas de solo e salto, limitando-se aos exercícios de barras e trave. Essa opção por dois aparelhos poderá ser justamente a estratégia usada pela ginasta e sua comissão nos Jogos de Pequim.
Essa não é a primeira vez que a norte-americana sofre com lesões, muito pelo contrário. Em 2004, Memmel ficou fora dos Jogos de Atenas devido a uma contusão no pé. Em 2005, ela retornou em grande estilo, mas nos dois anos seguintes voltou a conviver com lesões que a impediram de participar das principais competições mundiais de ginástica artística.
Outra grande atleta das barras, a britânica Elizabeth Tweddle, já avisou que abdicará de dois aparelhos para chegar com chances na disputa daquela que é sua prova mais forte. Líder do ranking mundial das assiméticas e campeã mundial do aparelho em 2006, a veterana de 23 anos informou que não participará do salto nem da trave de equilíbrio dos Jogos de Pequim devido a um problema em uma das costelas.
Segundo Adrian Stan, técnico da britânica, Tweddle tem sentido dores durante os treinos desde a última terça-feira. Ainda de acordo com o treinador, a lesão não é grave, mas merece atenção.
Para tratar do problema com ainda mais cuidado, a ginasta permanecerá por mais dois dias na sede da aclimatação da equipe em Macau, enquanto as demais atletas do grupo já foram para a Vila Olímpica.
Embora seu aparelho mais forte sejam as barras, Elizabeth Tweddle também tem grandes resultados no solo, sendo a terceira melhor do mundo segundo o ranking da Federação Internacional. Dessa maneira, é uma das rivais das brasileiras Daiane dos Santos e Jade Barbosa, ambas com chances reais de atingir a final olímpica nesta prova.