As Olimpíadas de Pequim começaram neste domingo para a seleção brasileira de ginástica artística. Ao menos foi isso que a equipe tentou simular durante o treino realizado nesta tarde (madrugada no Brasil) em um dos espaços de aquecimento do Ginásio Nacional, onde ocorrerão os Jogos.

"Nossa estratégia foi repetir a rotina, desde a hora de acordar, quando comer, até o momento de competição na capital chinesa. O primeiro dia é o mais importante da ginástica, é quando se decidem as classificações", disse Eliane Martins, chefe da equipe brasileira.

O ambiente de treinos também contribui para que as seis ginastas brasileiras (Daiane dos Santos, Daniele Hypólito, Laís Souza, Jade Barbosa, Ana Claudia Silva e Ethiene Franco) "fizessem de conta" que já estavam disputando um lugar na final. A própria Eliane não poupou elogios ao nível técnico dos tablados.

"Melhor impossível. O palco fica na mesma altura de como será na competição, não é no nível do chão. Isso é muito positivo, treina-se nas mesmas condições de prova. Esta é, com certeza, a melhor instalação dos últimos cinco Jogos Olímpicos", afirmou a dirigente. Daiane concordou: "O pódio joga um pouco mais, impulsiona. As condições são perfeitas aqui".

A ginasta gaúcha, que disputa sua segunda olimpíada, é esperança de medalha no solo mesmo após ter sido "desenganada" pelo técnico da equipe, o ucraniano Oleg Ostapenko. No mesmo caminho do treinador, Daiane desfaz da medalha e encara como natural a pressão pelo ouro que ela deixou escapar nos Jogos de Antenas, em 2004.

"O que a gente queria era que as pessoas conhecessem e gostassem da ginástica artística. É natural que queiram bons resultados. Não vemos isso como pressão, mas como resultado positivo da nossa divulgação", afirmou.

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