Thomaz Bellucci nem bem descansou dos dois Masters Series na América do Norte e já embarcou neste sábado para a disputa dos Jogos Olímpicos de Pequim. A revelação do ano no tênis brasileiro ficou apenas dois dias com os pais em São Paulo e mal teve tempo para aproveitar as folgas.

Com os resultados mais expressivos no saibro (com quatro títulos de challengers neste piso em 2008), Bellucci vê pouca evolução ainda na quadra dura, mais rápida. "Foi uma boa experiência. Eu joguei bem, mas ainda não deu para vencer os jogos", afirmou o tenista, que enfrentará na China o mesmo tipo de quadra.

"Tem que dar a cara para bater agora. Ele viu como é: não dá para perder ritmo depois do primeiro set, como contra o Verdasco, ou perder ponto bobo, como foi contra o Karlovic", explicou o técnico Leonardo Azevedo, que vai a Pequim como chefe da delegação do tênis.

No giro pela América do Norte, Bellucci perdeu na primeira rodada nas duas competições. Em Toronto, no Masters Series do Canadá, chegou a vencer o primeiro set contra o espanhol Fernando Verdasco. Já em Cincinnati, levou dois sets a zero do croata Ivo Karlovic.

Número 77 do mundo atualmente, o tenista paulista já disse que não se preocupa com a queda no ranking agora e quer jogar os torneios mais importantes da ATP para ganhar ritmo e, se possível, pontos.

"Eu acho que não devemos mais jogar challengers no ano", afirmou o treinador Azevedo, que planeja levar Bellucci para New Haven logo após as Olimpíadas e como preparação para o Aberto dos EUA, o último Grand Slam da temporada.

Na China, o jovem de 20 anos encarará uma chave com quase todos os atletas com melhor ranking. Ainda assim, espera um bom resultado. "Tem que torcer por uma chave legal para eu ganhar alguns jogos", afirmou.

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