Além de Walewska e Fofão, a seleção brasileira feminina de vôlei perderá mais uma atleta após as Olimpíadas de Pequim. A levantadora Carol Albuquerque admitiu que deve mesmo encerrar sua trajetória para priorizar o lado pessoal.

A jogadora de 31 anos explicou ao UOL Esporte que pretende ser mãe novamente e, por isso, já dá como certo o seu adeus da seleção com o término do ciclo olímpico. A intenção da gaúcha é continuar nas quadras atuando apenas por clubes.

"É complicado eu defender de novo a seleção, pois quero ter outro filho. Estou com 31 anos e penso muito no meu futuro pessoal", revelou a reserva de Fofão. A atleta lembrou que teria de ficar afastada por muito tempo da família para defender o país, o que adiaria o seu planejamento familiar.

A jogadora, porém, evita pensar no assunto e quer apenas se concentrar na disputa de sua primeira Olimpíada. "Está todo mundo com o mesmo foco e a gente sabe o que pode alcançar. A gente está comendo pelas beiradas para chegar ao ouro", disse.

Já a ponta Valeskinha reconhece a dificuldade em defender novamente a seleção após Pequim, mas descarta a possibilidade de se aposentar. "Eu ainda posso jogar mais um tempo. Quem sabe não disputo mais um Grand Prix, um Mundial, sei lá", afirmou.

Com a saída de Fofão e Carol, o técnico José Roberto Guimarães precisará procurar uma substituta, caso permaneça no cargo. E o treinador já reconhece a dificuldade nesta transição. "Jogadoras como a Dani Lins, a Ana (Tiemi) e a Fabíola ainda precisam cumprir muitas etapas de amadurecimento", explicou.

Antes de Fofão decidir retornar à seleção, Zé Roberto testou Dani Lins e Carol, mas as duas não se firmaram. Marcelle, que foi eleita a melhor levantadora do Mundial-2002, também teve sua chance e acabou preterida.

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