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31/07/2008 - 14h21

Brasil luta para se adaptar com nova bola de vôlei para Pequim

Fernando Narazaki
Em São Paulo
Além de tentar esquecer as derrotas para Rússia e EUA, e superar o que o próprio técnico Bernardinho admite ser a sua pior fase no comando da seleção brasileira masculina de vôlei, a equipe ainda terá de lidar com outro obstáculo na sua preparação para as Olimpíadas de Pequim.

AP
Equipe brasileira terá os próximos dez dias para se adaptar à nova bola
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O time precisa se adaptar em dez dias à nova bola, que será usada na competição. Na fase final da Liga, Bernardinho e a comissão técnica tentaram minimizar os efeitos da mudança, usando o novo equipamento em alguns treinos, porém o treinador reconhece que o time não teve muito tempo para se adaptar. Assim, os próximos dias serão fundamentais para o Brasil vencer esta "adversidade".

A decisão da FIVB (Federação Internacional de Vôlei) de mudar a bola frustrou parte da equipe. "Eu sinceramente acho um absurdo mudar a bola tão em cima de uma competição tão importante como as Olimpíadas. Para mim, não tem cabimento. Mas a gente tem de se adaptar da melhor forma", desabafou o meio-de-rede André Heller.

O levantador Bruno Rezende explicou que a bola é um pouco mais leve que a utilizada na Liga Mundial, mas ainda tenta se acostumar às características. "Ela viaja um pouco mais e você percebe que ela é mais leve. Não sei se isso será bom para acelerar o jogo. Só treinando nos próximos dias para saber", avaliou.

Com a mudança, quem pode sair ganhando são as seleções de Itália e Bulgária, que não estiveram na fase final da Liga e tiveram um tempo maior para treinar com a nova bola. "É claro que não vamos ter a mesma adaptação e essas equipes saem com um pouco de vantagem", lamentou o técnico Bernardinho. Porém o comandante acredita que o Brasil conseguirá reverter o quadro. "Acredito que em uma semana o time já estará mais acostumado", disse.

A ausência da Bulgária na fase final, aliás, chamou a atenção da equipe masculina, que cogita a possibilidade de os búlgaros terem ficado intencionalmente fora da etapa. "O caso da Bulgária foi muito estranho, ela é candidata ao título olímpico e foi esquisito. Eles devem estar fazendo um trabalho diferente. É a explicação que eu vejo", afirmou o ponta Dante.

A equipe deve chegar nesta sexta-feira ao Japão, onde fará a etapa final de treinamento antes das Olimpíadas. O Brasil inicia sua defesa de título em 10 de agosto contra o Egito, às 3h30 (horário de Brasília). Na seqüência, a equipe enfrenta Sérvia, Rússia, Polônia e Alemanha na primeira fase.

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