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31/07/2008 - 11h18

Jogador de garrafão na seleção, Anthony diz que a posição não importa

Bruno Doro
Em Macau (CHN)
Carmelo Anthony se destaca no Denver Nuggets, da NBA, como ala. Na seleção norte-americana carente de pivôs, porém, ele está sendo escalado pelo técnico Mike Krzyzewski como ala-pivô, mais perto do garrafão.

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A posição, porém, não muda muito o modo como o jogador vê sua função na equipe. "Jogar na posição 4 (ala-pivô) é diferente, mas eu não me vejo como um ala de força (do inglês power-forward). É só uma posição. É só onde vou estar na quadra", diz Anthony.

Na prática, porém, as coisas são, sim, um pouco diferentes. Segundo a imprensa especializada norte-americana, Carmelo é a estrela da NBA que, até agora, melhor se adaptou ao jogo internacional. No Mundial de 2006 e no Pré-Olímpico das Américas do ano passado, ele foi cestinha do time com médias de 19,6 e 21,2 pontos por partida.

Ele chega a superar LeBron James, que chegou à liga norte-americana no mesmo ano e, pelo Cleveland Cavaliers, foi candidato ao prêmio de MVP, para o melhor da temporada, nos dois últimos anos, ou Dwyane Wade, que já foi o MVP das finais na temporada vencida pelo Miami Heat.

No Mundial, LeBron, por exemplo, fez 13,9 pontos por jogo. No Pré-Olímpico, 18,1. Wade, que jogou apenas no Japão-2006, foi o segundo cestinha do time com 19,3 pontos. Kobe Bryant, eleito o MVP (jogador mais valioso) da última temporada, não jogou o Mundial e, no Pré-Olímpico, fez apenas 15,3 pontos.

Para Anthony, a explicação é simples: com um time com nível técnico mais alto ao seu lado, a pressão em suas costas está menor. "Aqui não tenho de marcar 30 pontos para o time vencer. Posso marca cinco, seis ou dez pontos e fazer as outras coisas que são necessárias para a equipe, como defender, pegar rebotes", explica.

Outra explicação possível é a própria história de Anthony. Apesar de ser ala na NBA, antes de chegar à liga norte-americana foi campeão do torneio da NCAA, a liga universitária norte-americana. Jogando por Syracuse em um papel mais livre e chegando mais perto do garrafão, ele levou a equipe ao título e foi eleito o melhor jogador da competição.

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