UOL Olimpíadas 2008 Notícias

30/07/2008 - 20h55

Maurren minimiza resultado de maior rival, e reafirma previsão de pódio

Maurício Dehò e Marco Britto
Em Guarulhos
A brasileira Maurren Maggi procurou mostrar segurança no embarque para as Olimpíadas de Pequim, e minimizou a performance daquela que deve ser sua maior rival ao ouro olímpica: a portuguesa Naide Gomes.

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Nessa terça-feira, Naide registrou a melhor marca do ano, ao obter 7,12 m na prova de salto em distância no Super Grand Prix de Mônaco. A brasileira, porém, evitou mostrar abalo com o resultado e tratou de lembrar o único confronto entre elas neste ano.

"A portuguesa vai ser minha principal rival, mas no último confronto, fui eu quem ganhou. A responsabilidade agora é maior, mas vou lutar para conseguir uma medalha, não importa qual", disse a brasileira, durante o embarque da equipe de atletismo para as Olimpíadas de Pequim, na noite desta quarta-feira.

Maurren superou a portuguesa no meeting de Madri, no início de julho, mas ainda não passou a marca dos 7 m nesta temporada. A brasileira tem como melhor marca 6,99 m, em São Paulo no dia 29 de junho. Ela chegou a obter 7,02 m no meeting de Eugene, em maio, mas o resultado não foi homologado pela velocidade do vento ser superior a 2 m/s.

Ao mesmo tempo, a brasileira reafirmou a previsão que vem fazendo desde o início do ano para alcançar a inédita medalha olímpica. "Saltando acima de 6,70 m é possível chegar à final. E na final, para conquistar uma medalha, vai ser importante saltar acima de 7 m".

Este ano, sua melhor marca foi de 6,99 m, que lhe deu o ouro no Troféu Brasil, em junho. Perguntada sobre se conseguiria atingir a marca dos 7 m, Maurren foi otimista. "Tomara que este salto esteja guardado para lá".

Na temporada, a marca de 7 m colocaria Maurren em terceiro lugar, atrás apenas de Naide Gomes e da russa Lyudmila Kolchanova, que fez 7,04 m em 22 de junho. A melhor marca da carreira da paulista é de 7,26 m, conseguida em 1999.

O fato de já ter participado de uma Olimpíada conta muito para a atleta. Ela esteve nos Jogos de Sydney-2000, em que ficou em 25º lugar no salto em distância. "Agora é hora de chegar lá e fazer um bom trabalho. A experiência de uma Olimpíada conta bastante, porque mudei muito. Mudei como mãe, atleta e pessoa", explicou Maurren, que sentiu uma lesão durante a prova na Austrália e acabou decepcionando.

Maurren passou por um período turbulento em 2003, depois de ser flagrada em um teste antidoping que a tirou dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, no mesmo ano, e das Olimpíadas de Atenas-2004. Por dois anos, Maurren abandonou o esporte e se casou com o piloto Antônio Pizzonia, com quem teve a filha Sofia, e foi morar em Mônaco. No início de 2006, a atleta retomou sua carreira com o fim do casamento.

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