Diante da determinação da Fifa divulgada nesta quarta-feira sobre a obrigatoriedade de os clubes liberarem seus jogadores sub-23 para as seleções olímpicas, o presidente do Barcelona, Joan Laporta, afirmou que permitirá que Lionel Messi viaje a Pequim para integrar-se ao combinado argentino. Ele deixou claro, no entanto, que o clube catalão recorrerá à Corte Arbitral do Esporte (CAS).
"Observando a resolução da Fifa, entendo que será muito difícil manter o jogador e levá-lo à turnê norte-americana que o Barça iniciará na próxima quinta-feira", admitiu Laporta, lembrando que Messi também ficará de fora do amistoso contra a Fiorentina, agendado para esta noite na Itália.
Na chegada à Florença, nesta manhã, o argentino demonstrou interesse em defender sua seleção, mas afirmou que faria aquilo que fosse determinado pela Fifa. No entanto, lembrou que, caso o CAS desse um veredicto em favor do Barcelona, retornaria ao clube na mesma hora.
"Quando sair a resolução da Fifa, farei o que eu já disse [viajar com a seleção a Pequim]. E, se eu estiver lá e o CAS disser que tenho que voltar, voltarei", afirmou o atacante minutos antes de a entidade máxima do futebol divulgar sua determinação.
A ordem partiu da Comissão do Estatuto do Jogador da Fifa, por meio do juiz tunisiano Slim Aloulou. O Comitê de Urgência da entidade já havia ressaltado que os atletas com idade olímpica, até 23 anos, tinham que ser obrigatoriamente liberados pelos seus clubes.
A insistência do Barcelona em não liberar Messi não reside na disputa de amistosos de pré-temporada na Itália e nos Estados Unidos. O que o clube quer é contar com seu principal jogador na fase prévia da Liga dos Campeões, entre os dias 12 e 13 de agosto. Os catalães chegaram a propor à Associação de Futebol Argentino (AFA) que Messi fosse liberado apenas após essa data, mas a entidade recusou, já que a seleção argentina, nesse caso, receberia o jogador apenas na segunda fase das Olimpíadas.
Quem também deve recorrer ao CAS são os alemães Schalke 04 e Werder Bremen dos brasileiros Rafinha e Diego, respectivamente. Os dois jogadores se apresentaram à seleção a contragosto de seus clubes. Os alemães receberam com calma a decisão tomada pela Fifa e agora esperam que o CAS, ao qual apresentaram um recurso para vetar a participação dos atletas, se pronuncie sobre o caso.