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30/07/2008 - 06h00

Fifa obriga o Barcelona a liberar Lionel Messi para as Olimpíadas

Das agências internacionais
Em Madri (ESP)
A Fifa anunciou nesta quarta-feira o veredicto final para a liberação do meia-atacante argentino Messi. Seguindo a posição já propagada pelo presidente Joseph Blatter, a entidade decidiu obrigar o Barcelona a ceder o jogador à seleção argentina que disputa os Jogos Olímpicos de Pequim.

A ordem partiu da Comissão do Estatuto do Jogador da Fifa, por meio do juiz tunisiano Slim Aloulou. O Comitê de Urgência da entidade já havia ressaltado que os atletas com idade olímpica, até 23 anos, tinham que ser obrigatoriamente liberados pelos seus clubes.

Messi, que tem 21, participa da pré-temporada do clube catalão e ainda não se apresentou à equipe do técnico Sérgio Batista que se prepara no Japão. O jogador promete fazer um pronunciamento sobre a decisão nas próximas horas. O Barcelona também não se posicionou sobre o caso após a resolução final da Fifa.

Para não liberar Messi, o Barcelona vinha alegando que os Jogos Olímpicos não fazem parte do calendário internacional de jogos da Fifa. O argumento era embasado pela Liga de Futebol Profissional da Espanha e também pela Associação dos Clubes Europeus.

"O calendário internacional de partidas não tem importância alguma no momento em que se estabelece que os clubes tem a obrigação de liberar seus jogadores para o torneio olímpico de futebol masculino", diz o comunicado de Aloulou.

A equipe pretende contar com Messi para a disputa da fase prévia da Liga dos Campeões. Somente após o primeiro jogo da disputa que dá acesso à mais importante competição do continente europeu, o Barcelona aceitaria ceder o argentino á seleção. Desta forma, o jogador só atuaria em Pequim caso os atuais campeões olímpicos passassem da primeira fase. A Associação de Futebol Argentino (AFA) rejeitou a proposta.

Apesar da decisão da Fifa, o presidente do Barcelona, Joan Laporta, promete seguir sua campanha para brecar Messi. O dirigente já afirmou, na última terça-feira, que caso a decisão da Fifa não fosse favorável - como foi comprovado - recorreria à Corte Arbitral do Esporte (CAS).

"Se a Fifa disser que eu tenho que ficar, eu fico. Se disser que eu devo ir, me apresento à seleção sem esperar por uma decisão da Corte Arbitral do Esporte", disse Messi antes de ser informado da posição oficial da entidade.

Situação parecida a de Messi com o Barcelona vivem os brasileiros Rafinha e Diego, com os seus clubes alemães Schalke 04 e Werder Bremen, respectivamente. Os clubes alemães receberam com calma a decisão tomada pela Fifa, que os obrigam a liberar os seus jogadores aos Jogos Olímpicos de Pequim. As equipes agora esperam que o CAS (Corte Arbitral do Esporte), ao qual apresentaram um recurso para vetar a participação dos atletas, se pronuncie sobre o caso.

Mesmo com o veto de seus clubes, Rafinha e Diego se apresentaram à seleção brasileira na semana passada e treinam com o grupo de 18 jogadores relacionados para as Olimpíadas. A Fifa já havia falado que a liberação de jogadores menores de 23 anos era obrigatória.

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