UOL Olimpíadas 2008 Notícias

30/07/2008 - 07h30

Seleção "velhinha" de handebol comemora sua experiência

Maurício Dehò
Em Guarulhos (SP)
Em busca de sua melhor colocação em Jogos Olímpicos e, se possível, de uma medalha, a seleção feminina de handebol aposta na experiência para atingir o objetivo dentro das quadras de Pequim. Com uma média de idade de 27 anos, a seleção apresenta um plantel maduro para tentar alcançar as tradicionais equipes européias.

Divulgação
Viviane Jacques, de 32 anos, é uma das mais experientes do time, com média de 27
META É MANTER EVOLUÇÃO GRADUAL
O time convocado por Juan Oliver Coronado, técnico espanhol que comanda o time, tem jogadoras que vão até para a sua terceira edição das Olimpíadas. A primeira participação da equipe foi em Sydney, em 2000. Quatro das catorze convocadas carimbaram seus passaportes para a Austrália e também partiram para a disputa na China.

"A gente brinca que o time tem quatro alicerces, são as duas pontas, a central e a goleira", conta a ponta esquerda Viviane Jacques, de 32 anos, uma das "velhinhas" do grupo que foi a Sydney, ao lado de Chana (goleira), Lucila (armadora central) e Daly (ponta esquerda). "Nós temos tentado passar toda a experiência que podemos fora de quadra. Há alguma jogadoras bem novas e a empolgação delas vai ajudar".

Na realidade, são poucas as novatas. A geração que foi sétima colocada em Atenas, na melhor posição da história do país, está em peso na atual equipe. Além das quatro que estiveram na Austrália, outras seis jogaram na Olimpíada grega e apenas quatro são estreantes.

As jogadoras descartam que a idade possa atrapalhar na parte física e mostram confiança para tentar ao menos a sexta posição, que seguiria com a gradual evolução brasileira. "O grupo precisava de experiência", afirma a goleira Chana, primeira do país a atuar no handebol europeu. "Hoje conseguimos igualar o nível europeu e mesmo as mais jovens tem este ritmo de jogo. Para mim, esta maturidade só ajuda, ainda mais por ser goleira e hoje saber melhor como me posicionar".


Em Sydney, o time era repleto de novatas e o Brasil se acostumou a perder por largas diferenças de gols da maioria das seleções européias. Hoje, o time disputa gol a gol contra muitas das equipes internacionais e luta ao menos por uma das vagas nas quartas-de-final. No grupo brasileiro, estão Rússia, que é a atual campeã mundial, Hungria, Coréia do Sul, Suécia e Alemanha.

Caçula do Brasil mas já jogando no handebol europeu, Ana Paula, de 20 anos, comemora a união. "Quando eu vim pela primeira vez para a seleção, ano passado, não tinha essa imagem do grupo como ele é. As meninas sempre me ajudaram, acolheram bem desde o primeiro campeonato que fui. Cada uma tem uma experiência diferente para passar".

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