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29/07/2008 - 16h51

Walewska anuncia aposentadoria da seleção pós-Pequim

Paula Almeida
Em São Paulo
A levantadora Fofão não será a única a usar a camisa verde-amarela da seleção feminina de vôlei pela última vez nos Jogos de Pequim. A meio-de-rede Walewska revelou ao UOL Esporte que também se aposentará do combinado nacional, embora tenha apenas 28 anos.

MOMENTOS NA SELEÇÃO
Reuters/Andrew Wong
Em 2000, entre Ricarda (e) e Virna na conquista do bronze em Sydney
FIVB/Divulgação
E oito anos depois (e), eleita a melhor bloqueadora do Grand Prix 2008
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Uma das jogadoras mais experientes do atual time comandado por José Roberto Guimarães, a central mostra que está lidando muito bem com a situação e que ninguém a fará mudar de idéia. "Nada me faria voltar atrás nessa decisão", contou à reportagem.

Os 10 anos de serviço à seleção brasileira deixaram sinais de cansaço em Walewska. Convocada pela primeira vez pelo então técnico Bernardinho em 1998, a meio-de-rede ausentou-se da equipe por apenas um ano, em 2002, e por questões políticas, já que não concordava com os métodos do antecessor de Zé Roberto, Marco Aurélio Motta.

A central alega como principal razão de sua despedida o fato de ter assinado um contrato de dois anos com o clube russo Odsintovo. "Vai ser difícil conciliar com a seleção", explica a central, que está no voleibol europeu desde 2004, tendo passado por Perugia (Itália) e Murcia (Espanha). "É hora de dar um tempo [na vida de jogadora de clube e seleção], estou muito cansada".

Além dos novos caminhos profissionais, Walewska também tem projetos pessoais que exigem maior tempo. "Já estou namorando há seis anos e não casei até agora. Vou casar no ano que vem, e daqui a uns dois ou três anos vou parar para ter filho", revela a mineira, que avisa que a aposentadoria será restrita à seleção. "Não quero parar agora, quero jogar por mais uns quatro anos".

Embora o encerramento definitivo da carreira ainda esteja longe, a atleta já sabe o que fará após esse período. "Vou estudar cinema. Já estou lendo uns livros sobre isso para conhecer melhor".

Às vésperas de sua última Olimpíada, Walewska sabe bem qual é o seu papel dentro do grupo. "A minha responsabilidade é maior. Em 2000 e 2004 eu já jogava, mas hoje eu sou uma das mais experientes do time, tenho mais responsabilidade nessa equipe, até de comando", comenta a jogadora, deixando de lado qualquer resquício do trauma vivido em Atenas após a fatídica derrota para a Rússia. "Isso não existe mais. Nós [atual seleção] construímos nossa história a partir de 2004".

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