UOL Olimpíadas 2008 Notícias

28/07/2008 - 15h45

Fischer busca manter físico para caçar os favoritos em Pequim

Maurício Dehò
Em São Paulo
Depois de 21 etapas na Volta da França, competição mais tradicional do ciclismo, o brasileiro Murilo Fischer volta suas atenções para os Jogos Olímpicos de Pequim, sua segunda meta nesta temporada, com as provas de estrada e contra-relógio. As 90 horas de pedaladas no Tour são consideradas vantagem pelo brasileiro, que não vê um melhor modo para se preparar.

Divulgação/COB
Depois da Volta da França, Murilo Fischer volta suas atenções para as Olimpíadas
CAMPEÃ DE ESTRADA PEGA EM TESTE
Além da Volta da França, o treinamento do brasileiro, que fará dupla com Luciano Pagliarini na China, contou com uma etapa na altitude, no Equador, a disputa da Volta da Suíça e será completo com mais uma competição no fim desta semana. A palavra cansaço nem vem à cabeça do ciclista.

"Vai ser bom para manter a forma física e o ritmo de corrida", disse Murilo ao UOL Esporte, ainda em Paris, curtindo o último dia de descanso antes das Olimpíadas. Na terça-feira, ele já volta à cidade de Treviso (ITA), onde treinará ao lado de Pagliarini. Na sexta, volta a competir, no GP de Carnago, prova de um dia na Itália.

"Melhor preparação que esta não existe", explica o brasileiro, que viaja no domingo para a China. "A intensidade foi máxima. Agora é lógico que tenho de me recuperar e treinar no pouco tempo que resta, para tentar fazer um bom trabalho".

Os brasileiros, que são comandados por Mauro Ribeiro, técnico da seleção, não devem ter estratégias definidas para a competição de estrada em Pequim. "Nós não somos grandes candidatos a medalha, então a única estratégia é permanecer entre os favoritos. A tática é suportar o máximo possível a fadiga".

Balanço
Em seu segundo ano no Tour, Murilo Fischer não conseguiu igualar o bom resultado individual que conquistara em 2007, na sua estréia. Na ocasião, ele conseguiu um terceiro lugar e na edição de 2008 o objetivo era vencer uma etapa. No entanto, sua melhor posição foi um 19º lugar, na última etapa, com a chegada a Paris.

"Pessoalmente, não foi como no ano passado", afirmou o catarinense, sem esconder uma ponta de tristeza. "Mas a importância dentro da equipe foi melhor do que em 2007. Fiz um trabalho muito importante tanto em etapas planas quanto nas de montanha e isso mostra para a equipe que o meu papel é importante. Isso acabou superando a falta do meu resultado individual".

A equipe do brasileiro, a italiana Liquigas, não conseguiu repetir a vitória de etapa conquistada em 2007, mas competiu de olho no futuro. O time apostou suas fichas em dois novatos no Tour, o tcheco Roman Kreuziger e o italiano Vincenzo Nibali, respectivamente segundo e terceiro colocados entre os estreantes. O vencedor na categoria, que ficou com a camisa branca, foi Andy Schleck, de Luxemburgo.

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