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26/07/2008 - 13h58

Juliana esquece lesão, embarca para Olimpíada e sonha com pódio

Fernando Narazaki
Em Guarulhos
Há 37 dias, o vôlei brasileiro se impressionou com Juliana sentada em uma cadeira de rodas, chegando em Fortaleza com uma proteção no joelho e com esperanças pequenas de ir às Olimpíadas. Neste sábado, a mesma jogadora santista embarcou rumo ao sonho olímpico, caminhando normalmente, sem auxílio, no Aeroporto de Cumbica e pensando já na etapa de Klagenfurt do Circuito Mundial, que marca sua volta às quadras.

A atleta aproveitou o sábado para se despedir dos familiares e ganhar mais uma força na luta que teve para se adaptar ao joelho direito lesionado. Juliana sofreu uma ruptura no ligamento anterior na etapa de Paris, em 18 de junho, chegou à capital cearense no dia seguinte e optou pelo tratamento com fisioterapia, em vez da cirurgia que teve de fazer por uma contusão semelhante há sete anos.

Em Pequim, a santista ainda terá de atuar com uma joelheira especial no local, mas assegura que a maior dificuldade já foi superada. Ao lado da parceira Larissa, com quem fará a estréia olímpica, a jogadora não escondeu o sorriso e a felicidade de estar tão perto de concretizar um sonho que muitos davam como perdido.

"Todo mundo ficou apreensivo, mas acho que quando uma pessoa quer algo e tem força de vontade, ela supera todos os obstáculos. Você é capaz de remover montanhas", resume Juliana, que jogará a etapa austríaca apenas para adquirir ritmo de jogo. "Lá eu quero voltar a jogar. O teste no joelho para mim foi desde quando voltei de Paris. Cada dia para mim foi um teste e isso está superado", diz.

O preparador físico da dupla, Oliveira Neto, mostrou total confiança na participação de Juliana em Pequim. "Ela está melhor do que antes. Faz qualquer tipo de movimentação, não tem limitação e está chegando melhor, pois está descansada e não teve o desgaste de ter participado das últimas etapas do circuito", analisa.

A etapa de Klagenfurt tem início nesta segunda-feira, mas a dupla brasileira só deve jogar na terça ou quarta-feira. Depois, elas embarcam para Pequim para se adaptar já ao local e pensar principalmente no duelo com as norte-americanas Walsh e May, atuais campeãs olímpicas e consideradas as favoritas a mais um triunfo.

Na Áustria, o Brasil ainda terá a participação da outra dupla olímpica: Renata e Talita, que embarcaram no mesmo vôo de Juliana e Larissa. "Lá vamos pensar menos no resultado. Agora é hora de ajustar os detalhes e chegar da melhor forma em Pequim. É mais pelo ritmo de jogo mesmo", explica Renata.

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