Dirk Nowitzki costuma ser reservado para falar com jornalistas. Neste sábado, ele desembarcou em Atenas com a seleção alemã de basquete, a três dias da estréia no Pré-Olímpico, e foi direto ao ginásio. Enquanto treinava, a assessoria da equipe informou que o jogador não se pronunciaria. A despeito da jornada cansativa, ele aceitou dar entrevista.

"Por quanto tempo? Dois minutos? Dois minutos é muito. Vamos, caras, temos domingo, segunda, terça e quarta pela frente ainda", afirmou o jogador, enquanto caminhava para fora da quadra.

Mas foi o suficiente para o astro do Dallas Mavericks, eleito o melhor atleta da NBA em 2007, afirmar que considera o Brasil "um adversário perigoso" na luta por uma vaga nas Olimpíadas.

"Brasil, Porto Rico são perigosos. Acabamos de enfrentar o Canadá e perdemos. Será uma competição difícil", disse o alemão. Para Nowitzki, apenas a Grécia, que é vice-campeã mundial e anfitriã, se destaca em Atenas. "Eles são os favoritos. Abaixo, está tudo equilibrado, no mesmo nível. Há muitas possibilidades."

Em Atenas, o atleta dos Mavs, maior nome inscrito no Pré-Olímpico, recebe o reforço do pivô Chris Kaman, norte-americano do Los Angeles Clippers que recebeu cidadania alemã e fará sua estréia pelo país. "Os últimos dias foram difíceis, sem saber se ele seria liberado. Fico feliz que ele esteja aqui, dá uma grande confiança para nós", afirmou.

A Alemanha está no grupo B do torneio e tem Nova Zelândia e Cabo Verde como primeiros rivais. O time da Oceania seria a única ameaça.

Caso o favoritismo seja confirmado, Nowitzki deve liderar a seleção às quartas na liderança. Se o Brasil não superar a Grécia no grupo A - e, sim, caso não perca para o Líbano -, nesse cenário os dois países se enfrentariam por uma vaga na semifinal e a continuação da briga pela classificação. Apenas os três primeiros vão a Pequim

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