UOL Olimpíadas 2008 Notícias

10/07/2008 - 08h50

Produto nacional, Ricardo Probst testa eficiência na Grécia

Giancarlo Giampietro
Em Atenas (Grécia)
Ricardo Probst é o segundo integrante mais velho da seleção brasileira, aos 32 anos. Ainda assim, quando o técnico Moncho Monsalve fala sobre os mais inexperientes da equipe, sempre o inclui como um atleta que precisa de cuidado em sua adaptação. A incoerência se explica na trajetória do ala-pivô.

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Ao lado do armador Fúlvio, do Paulistano, e do ala-armador Duda, do Flamengo, Probst apresenta currículo sem experiência em nenhum clube do exterior. Sua última participação pela seleção brasileira aconteceu no Sul-Americano de 1997, na Venezuela.

O catarinense de Blumenau iniciou sua carreira no Sul do país, em clubes como Ipiranga e Joinville. Migrou para o basquete paulista, com um giro por diversas equipes, passou por Uberlândia e Londrina até voltar para São Paulo. Hoje defende o Assis, fixado como o melhor reboteiro em ação nas quadras nacionais, eleito o melhor jogador da primeira edição da Supercopa (16,3 pontos e 12,1 rebotes de média).

"Ricardo é um jogador que tem uma qualidade indiscutível no basquete brasileiro. É inquestionável o que ele tem feito no país. A convocação veio coroar todo o trabalho que tem feito", afirmou o assistente-técnico da seleção, José Neto, que trabalhou com o veterano no Paulistano.

Apesar das credenciais, passou a ser visto como um jogador que só daria certo em competições domésticas, devido à altura de 2,00 m, considerada baixa para o padrão internacional.

Neto contesta essa noção. "Ele jogou um torneio com o Assis na Holanda e também foi o reboteiro do campeonato, que tinha bons times internacionais, até com clube da Euroliga. Espero que agora, dentro de uma seleção, que é muito diferente, espero que possa aparecer isso para nós também."

O veterano também se mostra seguro para o desafio. Para ele, o maior ajuste necessário é a diferença entre os aros dos jogos no país e os da Europa. "É lógico que a estatura [dos adversários] é um pouco maior. Mas o principal fator de adaptação, para mim, é o aro. O daqui é um pouco mais duro e tende a dar um rebote mais longe. Foi bom que no Rio treinamos com a mesma tabela, e isso ajudou."

"Com relação ao jogo, à postura, a forma é diferente, lógico. Mas o Moncho passou para nós muitos conceitos, tanto que a equipe está muito bem e nosso conjunto é forte", completou.

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