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30/06/2008 - 08h14

Técnico coloca Murer entre as melhores do mundo, mas não garante medalha

Paula Almeida
Em São Paulo
A evolução clara de Fabiana Murer no atletismo mundial já faz da atleta uma das apostas brasileiras de medalha nos Jogos Olímpicos de Pequim. Neste domingo, a dupla quebra de recorde pessoal no Troféu Brasil deu ainda mais motivo para tanta expectativa.

Diego Padgurschi/Folha Imagem
Fabiana Murer registrou a segunda melhor marca mundial de 2008 no Troféu Brasil
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O técnico da campineira, Élson Miranda, admite que sua comandada é uma das melhores da atualidade no salto com vara, mas fala com cautela sobre sua participação na China.

"Tecnicamente, não tem ninguém melhor do que a Fabiana no mundo todo", analisou o treinador após a boa performance de sua atleta no domingo. Fabiana saiu do Ibirapuera, em São Paulo, com a marca de 4,80 m, a segunda melhor do ano em competições de pista aberta, atrás apenas dos 4,90 m da norte-americana Jennifer Stuczzynski. Vale lembrar, porém, que a temporada está apenas começando. A russa Yelena Isinbayeva, por exemplo, detentora do recorde mundial e amiga de Fabiana, ainda não competiu.

"O salto com vara é uma das provas mais técnicas do atletismo. A Fabiana não é tão forte nem tão veloz, mas essas características não adiantam se a atleta não tiver coordenação motora para correr com a vara e não souber segurá-la", completou Élson.

O técnico admitiu ainda que os 4,80 m alcançados por Murer em São Paulo eram esperados apenas para Pequim. "A gente tinha pensado nisso para as Olimpíadas. Esse resultado é fruto do trabalho dela".

No entanto, apesar da avalanche de elogios, Élson Miranda preferiu tirar um pouco da pressão dos ombros de sua pupila. "Lá não vai ser tão simples como aqui, onde ela competiu sozinha [isto é, sem adversárias à altura]", ressaltou, explicando que em Pequim a disputa começa com metragens mais altas [no Troféu Brasil, o salto inicial de Fabiana foi 4,30 m] e chegará a alturas também maiores.

"Falar em medalha na Olimpíada ainda é complicado. Se ela saltar o que saltou aqui, irá brigar pelo pódio, mas não dá pra garantir nada. Acho que ela tem condição de dar seis ou sete saltos lá".

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