Ainda não foi dessa vez que Juliana Santos conseguiu o índice olímpico para os Jogos de Pequim. Neste domingo, a atleta de 24 anos venceu a prova dos 1.500 m em 4min20s93, mas ainda ficou distante das marcas exigidas para a disputa na China (o índice B é 4min08s00). Christiane dos Santos (4min22s50) e Zenaide Vieira (4min23s94) a acompanharam no pódio.
Marílson Gomes dos Santos faturou, neste domingo, seu segundo ouro no Troféu Brasil de Atletismo. Após garantir o primeiro lugar nos 10.000 m, a conquista de hoje veio nos 5.000 m, vencida com 13min59s57. Apesar da vitória, o atleta, que não tem índice olímpico nessa prova mas já está classificado para a maratona e para os 10.000 m, descartou a possibilidade de participar de três disputas em Pequim.
"É difícil treinar para prova curta e para prova longa ao mesmo tempo, tem que objetivar", comentou o maratonista. Para ele, é impossível faturar medalhas olimpíadas nas três provas mais longas do atletismo, até porque, ainda segundo Marílson, os atletas africanos devem dominar os 5.000 e os 10.000 m. | MARÍLSON REITERA: VAI PRIORIZAR A MARATONA |
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A vitória foi motivo de comemoração. "Desde o primeiro dia do Troféu Brasil eu me senti mal, estava com uns problemas estomacais. Mas eu quis recuperar isso com o meu espírito competitivo e a vontade de correr", revelou Juliana. "Eu queria correr forte, mas diante da situação...".
A fundista tem até o dia 20 de julho para tentar a classificação olímpica, mas admite que essa possibilidade está bem distante.
"Vou tentar me recuperar para ver se dá tempo. Mas eu tenho o pé no chão. Estou sonhando com a minha primeira Olimpíada aos 24 anos. Quando sonhei com meu primeiro Pan (Santo Domingo-2003), não consegui. Depois, sonhei com o segundo, fui e ganhei uma medalha (Rio de Janeiro-2007). Agora é a mesma coisa, estou sonhando, mas ainda não é realidade. Sei que é um caminho muito árduo, muito difícil", falou, de maneira bastante consciente.
Embora esteja longe de Pequim, Juliana tem por quem torcer. Seu marido, Marílson Gomes dos Santos, está classificado para os 10.000 m e para a maratona, com boas chances nesta última.
"Estou feliz, porque se eu não for, ele vai", disse, contando que, se não conseguir o índice olímpico, irá acompanhar o marido em sua reta final de preparação, na última semana de julho. "Depois de Deus, ele é quem mais me apóia, como atleta, parceiro, marido, companheiro".