A nova turbulência que atormenta o basquete no país não vai influenciar no trabalho do espanhol Moncho Monsalve à frente da seleção brasileira. Isto é, o técnico tem carta branca para convocar qualquer jogador dos clubes paulistas dissidentes, se achar necessário.
Os principais clubes do Estado se separaram da CBB na organização de um campeonato paralelo ao Nacional, a Supercopa. Eles também criaram a ACB (Associação de Clubes de Basquete) e não receberam a chancela da entidade.
Essas divergências não devem interferir na preparação para os Jogos Olímpicos de Pequim-2008, diferentemente do que ocorreu há dois anos quando atletas da Nossa Liga tiveram acesso restringido à equipe.
"Política não interfere na seleção. Quanto mais clubes jogando nós tivermos, melhor. Se no futuro vai ser junto, é para ver", afirmou Grego.
A alta demanda de mão de obra para a temporada também facilita a vida dos atletas que estão em atividade na Supercopa. "Vamos ter também uma outra equipe
(além da olímpica) para o Sul-Americano neste ano, que será dirigido por outra comissão, e precisaremos de cerca de 30 jogadores para serem convocados", disse o presidente da CBB.
Monsalve se absteve de comentários a respeito do racha. "Não me interesso por política e não falo a respeito", disse. O treinador se limitou a dizer que entende que há rivalidades em todo o mundo (citou Madri x Barcelona como exemplo), lembrando uma suposta rixa entre cariocas - sua apresentação foi realizada na sede da CBB, no Rio de Janeiro - e paulistas.
Segundo declaram os fundadores da associação, a nova divisão na modalidade se deve principalmente às divergências a respeito da organização do Nacional masculino.