Como o WhatsApp é aposta para amenizar ausência de R. Augusto na seleção
Renato Augusto ainda está em Pequim e só se apresenta à seleção olímpica do Brasil na próxima quarta-feira (27), já em Goiânia. Isso não impede que ele esteja presente no dia a dia dos jogadores e comissão técnica. Ao menos, de forma virtual.
À distância, Renato interage com os colegas e superiores por meio do grupo de WhatsApp da seleção olímpica. Essa é uma das maneiras encontradas para que, de alguma maneira, ele possa se integrar à seleção antes de chegar. O Beijing Guoan-CHN, clube defendido pelo meio-campista, só concordou em liberá-lo a partir da próxima terça, após duelo pelas quartas de final da Copa da China. Até lá, só com o telefone celular.
Por meio do aplicativo de conversas mais utilizado no mundo, Renato Augusto acompanha a programação de treinamentos, as instruções da comissão técnica e, principalmente, interage com os colegas.
Na avaliação da comissão técnica brasileira, entretanto, há outros aspectos que amenizam a ausência dele em mais da metade da preparação do Brasil para a Olimpíada - de 16 dias até a estreia, Renato só participará de sete e não jogará o amistoso contra o Japão, em Goiânia.
Informações constantes sobre a parte física
O principal deles é o fato de estar em franca atividade nas competições de futebol da China. Em condições de jogo, apesar da diferença física e técnica do futebol chinês, a expectativa de Rogério Micale é que ele chegue em ritmo semelhante dos outros 17 companheiros de seleção.
Na China, Renato Augusto trabalha sob a supervisão de um profissional brasileiro e do fisioterapeuta Bruno Mazziotti, velho conhecido dos tempos de Corinthians e ainda no quadro de profissionais do Shandong Luneng-CHN. Mesmo fora de Beijing, Mazziotti coordena um trabalho físico individual para Renato e mantém a comissão técnica de Micale informada sobre as condições do meio-campista. Ele será fisioterapeuta de Tite na seleção principal.
Sem poder contar com Thiago Silva, que não teve liberação, e Douglas Costa, cortado por lesão, a comissão técnica apostou em Renato como um dos mais experientes na Olimpíada pelos seguintes critérios além da qualidade técnica: experiência, liderança dentro e fora de campo, desejo de estar na seleção e de participar ativamente das negociações com o Beijing Guoan e versatilidade. O meia ex-Corinthians pode atuar como segundo volante, armador centralizado ou mesmo pelas beiradas do campo. É o único jogador do grupo que poderá ganhar a medalha em casa, pois nasceu no Rio de Janeiro.
