Francês que bateu Lochte, teens americanas e até chinesa "suspeita"; veja as revelações de Londres

José Ricardo Leite

Em Londres (Inglaterra)

  • AP Photo/Matt Slocum

    Nadadora chinesa Ye Shiwen mostra a medalha de ouro conquistada por ela nos 200 m medley (31/07/2012)

    Nadadora chinesa Ye Shiwen mostra a medalha de ouro conquistada por ela nos 200 m medley (31/07/2012)

Eles chegaram aos Jogos Olímpicos de Londres sem tanta pompa e holofotes graças a nomes como Michael Phelps, Ryan Lochte, Usain Bolt e o time norte-americano de basquete, por exemplo, que concentravam o interesse de imprensa e público.

Mas chamaram a atenção pelas conquistas representativas já tão jovens e viraram potenciais estrelas para edições futuras de Olimpíadas.

Com carisma e grandes expectativas para o futuro, o surgimento de jovens revelações foi um dos pontos mais altos da Olimpíada

Revelações de Londres-2012

Missy Franklin

Com apenas 17 anos, a norte-americana chegou já carregando a expectativa de ser futuramente a versão feminina de Michael Phelps. Ganhou a medalha de ouro nos 100 e 200m costas e quebrou o recorde mundial na primeira. Mas não parou por aí. Subiu no lugar mais alto do pódio nos revezamentos 4x200 m livres e nos 4x100 m medley, também com recorde mundial nesse. Nos 4 x 100m livres, ficou com o bronze. “Não posso traduzir em palavras, é absolutamente indescritível. Não parece real, parece um sonho. Preciso que alguém me belisque para que eu acredite”, falou.
Ruta Meilutyte

A lituana Ruta Meilutyte brilhou ao vencer os 100 m peito da natação com apenas 15 anos. Estuda no Reino Unido há três anos, no Plymouth College. Durante a premiação da medalha de ouro, fez um esforço tremendo para não chorar. Mas não deu. Se emocionou e derramou muitas lágrimas ao ouvir o hino do país. A jovem garota mal sabia o que falar. "Não acredito. É demais para mim", afirmou. A lituana não tinha grandes resultados internacionais até então e foi uma surpresa ganhar ainda tão jovem.
Ye Shiwen

Outra jovem a se destacar, porém muito questionada, foi a chinesa Ye Shiwen, de 16 anos. Suas apresentações são tão fenomenais que muitos desconfiam de doping. Ela ganhou ouro nos 200 m e 400 m medley e virou o centro das atenções quando venceu os 400 m medley e quebrou o primeiro recorde mundial feminino desde o fim da era dos trajes tecnológicos, em 2010. Um detalhe da prova chamou a atenção: ela nadou os últimos 50 m do estilo livre com melhor tempo do que o do norte-americano Ryan Lochte, vencedor dos 400 m na versão masculina, no mesmo trecho (17 centésimos abaixo). "Treinei muito nos últimos meses para estar aqui. É isso que rende essa performance", respondeu.
Katie Ledecky

Katie Ledecky tem apenas 15 anos, é americana e venceu os 800 m livre com o segundo melhor tempo da história. Disse que chegou aos Jogos sem se intimidar por ter feito uma boa preparação nas seletivas norte-americanas. E avisou que uma nova geração está por vir na natação. “É uma coisa muito natural. A nova geração está chegando e alguns outros estão partindo”, falou. Usou sua colega também “teen” Missy Franklin como motivação para nadar sua prova. “Estava pronta para me soltar depois que vi Franklin competindo. Me deu energia extra.”
Yannick Agnel

Este jovem francês de 20 anos ofuscou e fez de “freguês” aquele que era uma das principais estrelas dos Jogos Olímpicos de Londres, o nadador norte-americano Ryan Lochte. Bateu o rival nos 200 m livre e já havia levado a melhor sobre ele na final do revezamento 4 x 100 m livre, em que os Estados Unidos entraram como favoritos.
Mariana Pajon

A Colômbia só ganhou duas medalhas de ouro em toda a sua história de participações em Jogos Olímpicos. A segunda veio em Londres, na prova do ciclismo BMX. Ela tem 20 anos e foi barrada dos Jogos Olímpicos de Pequim por que não a deixaram competir com apenas 16. Esperou quatro anos para dar a glória aos vários colombianos que foram prestigiar a final de sua prova. “Valeu a pena toda e espera, fiz tudo pensando em estar aqui, é um prazer imenso dar uma medalha de ouro para a Colômbia”, falou. Mariana quase optou por ser ginasta ao invés do BMX. “Eu sonhava ser uma atleta olímpica, mas achei que fosse fazer isso pela ginástica. Me lembrei disso quando recebi a medalha e foi emocionante.”

 

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