Sul-africana envolvida em polêmica avança nos 800 m; saudita faz história, mas é última

Do UOL, em São Paulo

  • EFE/John G. Mabanglo

    A sul-africana Caster Semenya conseguiu classificação para as semifinais dos 800 m

    A sul-africana Caster Semenya conseguiu classificação para as semifinais dos 800 m

A sul-africana Caster Semenya que passou por um teste de sexualidade conseguiu classificação para a semifinal dos 800 m. A atleta terminou em segundo lugar na primeira bateria com o tempo de 2min00s71.

  • A saudita Sarah Attar chegou em último lugar na sua bateria dos 800 m em Londres. É a primeira vez que a Arábia Saudita leva mulheres na delegação

Semenya correu o risco de ser impedida de correr os 800 m rasos. Depois de vencer a prova no Mundial de Berlim, em 2009, a sul-africana teve que comprovar que era mulher e foi impedida de competir pela IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo) até que saísse o resultado dos exames.

Os testes de DNA comprovaram que Semenya tem uma deficiência cromossomática, o que faz com que tenha características masculinas e femininas. Porém, todo esse processo demorou 11 meses.

A disputa dos 800 m rasos em Londres teve outra personagem que quebrou tabu. A saudita Sarah Attar correu de véu e chegou em último lugar na sua bateria com o tempo de 2min44s95. Essa é a primeira vez que a Arábia Saudita envia representantes femininas aos Jogos Olímpicos.

"É uma grande honra estar aqui e representar as mulheres da Arábia Saudita. É um momento histórico. Espero que faça a diferença. É um grande passo e realmente uma experiência incrível", afirmou a corredora nascida e criada nos Estados Unidos.

A palestina Woroud Sawalha, que não tem pistas adequadas para treinar em sua terra, participou da quinta série, cravando a marca de 2min29s16, seu recorde pessoal, mas também ficando em último lugar. 

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