"Mostrei que sou o melhor", diz Bolt, dono das três melhores marcas dos 100m da história

Do UOL, em São Paulo

  • AFP PHOTO / DAMIEN MEYER

    Usain Bolt cruza a linha de chegada para se tornar bicampeão olímpico dos 100 m rasos

    Usain Bolt cruza a linha de chegada para se tornar bicampeão olímpico dos 100 m rasos

“Pode dizer que sou o melhor. Acabei de mostrar isso ao mundo”. Achou o bicampeão olímpico dos 100m rasos muito convencido ao falar isso? Pois ele tem motivos. Neste domingo, Usain Bolt conquistou seu segundo ouro na prova. Ele é, também, o único homem a cruzar, duas vezes seguidas, a linha de chegada da prova mais rápida das Olimpíadas.

"TINHA MEDO DE QUEIMAR A LARGADA"

  • AFP/Franck Fife

    Você estava escondendo o jogo nas eliminatórias?

    Quando eu sai do bloco, na minha primeira prova, senti que poderia fazer isso. Estava um pouco travado, corri com toda energia. Sabia que poderia fazer um grande resultado.

    Sua largada ainda é o seu ponto fraco?

    Minha largada era uma preocupação. Não queria queimar de novo [como aconteceu na semifinal do Mundial de 2011]. Então, acho que fiquei no bloco parado um pouco mais do que devia. Minha saída não foi das melhores, mas o importante era a corrida em si.

    Mesmo assim, é algo a se melhorar?

    Vocês lembram o que meu técnico disse: ‘pare de se importar com sua largada, sua melhor corrida é no final da prova, é onde você é o melhor’. Então, parei de me importar, só corri. Deu certo.

     

Carl Lewis é bicampeão, mas quem venceu a final em Seoul-1988 foi o canadense Ben Johnson, que acabou desclassificado após ser pego no antidoping. Além disso, Bolt é dono das três melhores marcas da história da prova. Seu recorde mundial, de 2009, com 9s58. O tempo deste domingo, 9s63. E o tempo da final olímpica de Pequim, em 2008, com 9s69.

“Esse é só mais um passo. Estou concentrado para atingir todos os meus objetivo. Ainde tenho os 200 m pela frente. Depois, poderei aproveitar. Até lá, preciso ficar focado na minha corrida”, afirmou o corredor à Record.

O tom de desabafo tem origem em todas as histórias que foram publicadas sobre ele nos últimos dois anos. Após ficar invicto desde o ouro em Pequim, Bolt perdeu uma prova para Tyson Gay em 2010. Foi a senha para começarem a questionar suas qualidades. No ano seguinte, ele falhou no Mundial de Daegu: na semifinal, foi eliminado por queimar a largada. Surgia, então, o mito Johan Blake, o jamaicano que poderia vencê-lo.

O jovem companheiro de treinos, apelidado pelo próprio Bolt como "A Besta", fez justamente isso. Enquanto o recordista mundial sofria com lesões nas costas e problemas musculares, acumulou triunfos. Nas seletivas jamaicanas, por exemplo, bateu Bolt fazendo algo que poucos acreditavam ser possível: chegou em primeiro mesmo largando atrás do grande rival.

Em Londres-2012, teve a chance de fazer isso novamente. Na final dos 100 m rasos, sua largada foi pior do que a de Bolt. Mas o veterano estava um nível acima.

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