Crises do vôlei e basquete ajudam meninas do handebol a curtir status de "queridinhas" do país

Bruno Freitas e José Ricardo Leite

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

  • REUTERS/Marko Djurica

    Jogadoras da seleção brasileira de handebol comemoram a vitória sobre Montenegro

    Jogadoras da seleção brasileira de handebol comemoram a vitória sobre Montenegro

O basquete feminino brasileiro não ganha uma medalha em Jogos Olímpicos desde o bronze em Sydney, em 2000, e perdeu seus três jogos feitos até agora em Londres. Além disso, viu algumas polêmicas fora de quadra, como o corte de Iziane às vésperas da Olimpíada por levar o namorado no quarto.

A seleção feminina de vôlei sempre foi uma das mais carismáticas e caiu nas graças em 2008 depois de obter uma medalha de ouro ao se recuperar de fracassos como derrotas dramáticas para Cuba e Rússia em edições anteriores dos Jogos e Mundiais.

Mas, agora, a equipe vem de momento conturbado fora de quadra e duas derrotas seguidas em Londres, o que coloca em risco as chances de classificação para a segunda fase.

As mulheres do futebol ainda são vistas com desconfiança pelas derrotas dramáticas para os Estados Unidos em Olimpíadas anteriores e a falta de um título de expressão. Além disso, perderam para o Reino Unido na quarta-feira.

Enquanto isso, a seleção feminina de handebol vem em um processo de evolução no cenário mundial e colhe os louros da boa campanha até agora na Olimpíada, com três vitórias em três jogos. Ver partidas desta equipe passou a ser um dos alvos preferidos de torcedores brasileiros.

As jogadoras dizem sentir já o reconhecimento do público e são informadas por parentes e pelos acessos nas redes sociais sobre a boa repercussão de suas vitórias, o que faz com que esta equipe seja a nova “queridinha” da torcida brasileira, curtindo os méritos conquistados desde o Mundial do ano passado.

“Acompanhamos pelas páginas,pelo Facebook,Twitter, e vemos que as pessoas estão acompanhando e realmente estamos virando as queridinhas do Brasil. Isso é muito bom para o nosso esporte”, falou Deonise.

“A gente está colhendo tudo o que a gente plantou e agora era momento de colher os resultados positivos. As mensagens da torcida e o apoio andam motivando cada vez mais. Minha mãe e minhas primas sempre falam.  Dizem que o pessoal tem mandado boa sorte, parabéns e estão torcendo muito”, falou Dara.

"Isso [a boa repercussão] é legal. A gente sabe por jornais e pelo Facebook, mas a gente sabe que a divulgação lá não é tanta, preferem mostrar outros esportes”, alertou Ana Paula.

Até para dar dicas de como aprender a jogar a boa campanha brasileira já rendeu.  “Meu irmão também joga handebol e ele diz que está todo mundo perguntando onde pode jogar, treinar e quando começar. Ele falou que todo mundo quer saber de jogar handebol agora”, falou Alexandra.

A seleção feminina de handebol venceu até agora seus três jogos, contra Croácia, Montenegro e Reino Unido, e lidera seu grupo. Na sexta, às 12h15 (horário de Brasília), encara a Rússia, em jogo que provavelmente vai definir o primeiro colocado da chave.

A colocação no grupo A pode favorecer o Brasil no cruzamento de quartas de final contra as seleções que vêm da outra chave [que conta com forças como Noruega, França e Dinamarca]. Se terminar na ponta, a equipe de Soubak encara o quarto time melhor classificado do outro lado.

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