Após derrota, Bernardinho diz que é cedo para falar em mudanças na estrutura do vôlei
Gustavo Franceschini
Do UOL, em Londres (Inglaterra)
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REUTERS/Ivan Alvarado
Bernardinho está à frente da seleção desde 2001 e diz não ser momento de mudanças de estrutura no vôlei
O vôlei brasileiro terminou a terceira rodada em Londres com um time em baixa e com riscos de eliminações e o outro em ascensão, mas tropeçando nos Estados Unidos. Diante desse panorama, Bernardinho foi questionado se é necessária uma mudança na estrutura do esporte no país, mas não foi muito além no assunto.
“Sempre falam disso, nós continuamos aqui e fazendo melhor. Acho que temos de aprender a aceitar verdadeiramente críticas construtivas, mas creio que ainda não é o momento de falarmos sobre isso. Nem vai ser no dia 12 [quando acaba a Olimpíada]. Isso é assunto para depois de um mês”, disse o técnico do time masculino.
Bernardinho está à frente da seleção desde 2001. José Roberto Guimarães manda a equipe feminina desde 2003, enquanto Ary Graça é o presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) desde 1997. Até a chegada em Londres, os dois times de quadra sofreram duras críticas pelo mau desempenho recente, e como nenhum dos dois técnicos sabe se seguirá no futuro, os vacilos nas Olimpíadas já começam a despertar as primeiras dúvidas.
Só que o momento não é dos piores para a seleção masculina. Depois de meses de apatia e desempenhos ruins, o Brasil arrasou a forte Rússia na última terça jogando muito bem. Nesta quinta, perdeu a primeira no torneio, diante dos Estados Unidos, mas não foi mal em quadra e viu os rivais atuarem de forma quase perfeita.
Para Bernardinho, no jogo desta quarta as sequências obtidas pelos norte-americanos foram fundamentais para a derrota. "Eles ganharam confiança com as sequências de saques que tiveram e erraram muito menos que a Rússia, por exemplo", disse o treinador.