Brasileiros experimentam Wimbledon em clima de praia britânica no 1º dia da Olimpíada

Bruno Freitas

Do UOL, em Londres (ING)

  • Bruno Freitas/UOL

    Torcedores aproveitam o sol e acompanham os jogos do 1º dia do tênis olímpico em Wimbledon

    Torcedores aproveitam o sol e acompanham os jogos do 1º dia do tênis olímpico em Wimbledon

O fã que acompanha os Jogos de Londres e que jamais visitou Wimbledon nas duas semanas entre junho e julho, em que tradicionalmente o torneio é disputado, pode conhecer um famoso programa do londrino no auge do verão europeu. O tênis no imenso complexo de 19 quadras (dez usadas na Olimpíada) obviamente é importante, mas o frequentador comum do All England Lawn Tennis and Croquet Club usa o espaço como uma espécie de praia à britânica.

Neste sábado, na realização do primeiro dia de competições do tênis olímpico, milhares de pessoas circularam pelo complexo de Wimbledon [a organização estima receber cerca de 30 mi fãs diariamente nos Jogos]. Muito além de torcer com o tênis, os locais usam o espaço de diversas formas, inspirados pelo clima da época.

Num sábado quente como o do primeiro dia olímpico, Wimbledon respira uma atmosfera familiar, com grupos fazendo piqueniques em vastos gramados enquanto veem jogos por telão e ou simplesmente ficam estendidos para tomar sol. Crianças correm e entram de roupa e tudo nas fontes de água para se refrescar.

Na área de alimentação, um cardápio que agrada o paladar britânico, com sanduíches pesados que levam salsichas ou partes imensas de carne bovina, com muito molho de maçã por cima.

Enquanto várias partidas acontecem simultaneamente, os corredores são os espaços de chão mais disputados de Wimbledon, com gente parando para ver um pedaço de cada partida aqui e ali, ou simplesmente tirando fotos e confraternizando com gente que nunca viu na vida.

VELHA WIMBLEDON FUNCIONA MELHOR QUE SEDES NOVAS DA OLIMPÍADA

Além do futebol, com estádios de primeira linha prontos e espalhados pela Grã-Bretanha, os anfitriões dos Jogos Olímpicos encontraram em Wimbledon um local pronto para o evento. Talvez por isso a sede do tênis no sul de Londres seja uma das mais funcionais de toda a programação, sem filas, com sistema de alimentação e entrada bem executados. Sem luxo ou modernidade, mas com um charme centenário e referências históricas por toda a parte.

Alguns brasileiros curtiram o sábado de sol em Wimbledon, como o gaúcho Jefferson Cardoso, que desfilou pelo clube com a camisa do Grêmio. Ao lado dos amigos, conversava e assistia em um dos corredores a uma partida de duplas dos espanhóis David Ferrer e Feliciano López.

"Pagamos 55 libras pelo ingresso, temos direito de andar pelo complexo e entrar na quadra número 1. Já vimos um Argentina x Sérvia hoje lá", declarou o brasileiro, ao lado da turma vinda de Porto Alegre.

Emanuel Ornelas, de Belo Horizonte, foi a Wimbledon com o filho João Pedro e viu partida da musa sérvia Ana Ivanovic. Pagou 30 libras (por cabeça) em ingresso que dá direito a circular pelo complexo [menos na quadra central, que recebeu jogos de Federer e Serena Williams, por exemplo]. O torcedor brasileiro desfilou no ambiente do tênis olímpico com a camisa do Atlético-MG e disse que voltaria para casa a tempo de ver o time de coração na liderança do Brasileiro.

Uma das atrações adicionais nos ingressos é poder se aproximar dos ídolos, que circulam ombro a ombro com qualquer torcedor. Na tarde de sábado, o sérvio Novak Djokovic arrastou uma pequena multidão para um treino em uma das quadras do complexo. Apesar da fama de fanfarrão, o campeão do Aberto da Austrália levou a prática a sério, totalmente focado, sem se distrair com o barulho dos fãs a sua volta. 

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