Apresentador americano critica recusa do COI em homenagear mortos de Munique-72

Das agências internacionais, em Los Angeles

  • REUTERS/Mark Baker

    Atleta israelense acende vela em memorial para atletas mortos em Munique-72, nos Jogos de Sydney-2000

    Atleta israelense acende vela em memorial para atletas mortos em Munique-72, nos Jogos de Sydney-2000

O apresentador de televisão da rede americana NBC, Bob Costas, descreveu como "insensível" a recusa do Comitê Olímpico Internacional (COI) em realizar um minuto de silêncio na cerimônia de abertura dos Jogos de Londres-2012, em homenagem ao 40º aniversário da tomada de reféns israelenses nos Jogos de Munique-1972.

“Tenho a intenção de fazer ver que o COI rejeitou o pedido", disse o jornalista, figura-chave na cobertura da NBC dos Jogos Olímpicos, de acordo com um relatório da revista The Hollywood Reporter, neste sábado.

"Muitas pessoas acham que a negação é mais do que desconcertante, ela é insensível. O que vale aqui é um minuto de silêncio no momento (da abertura dos Jogos)", disse Costas.

A tomada dos reféns, atletas membros da delegação de Israel, pela organização terrorista Setembro Negro, aconteceu no dia 5 de setembro, na Vila Olímpica de Munique, em 1972, e resultou na morte de 11 atletas israelenses, um policial alemão e cinco terroristas.

O governo israelense escreveu ao COI em abril para pedir que se fizesse um minuto de silêncio na abertura dos Jogos de Londres, mas o órgão olímpico recusou o pedido apoiando a comemoração em outro momento dos Jogos.

A Casa Branca também manifestou seu apoio à homenagem durante a cerimônia de abertura, quando o porta-voz do Conselho de Segurança dos Estados Unidos, Tommy Vietor, disse que a administração do presidente Barack Obama "apoia absolutamente" essa homenagem.

Neste sábado, em Londres, o presidente do COI, Jacques Rogge, manteve a sua oposição ao ato. "Acreditamos que podemos prestar homenagem aos atletas em outro contexto", disse Rogge em uma conferência de imprensa no final da reunião do Conselho Executivo do COI.

"As cerimônias de abertura não são um ambiente que se preste às comemorações deste tipo", acrescentou o mandatário, indicando que ele tinha ouvido a opinião de vários países, incluindo os Estados Unidos, em favor do minuto de silêncio, “mas não necessariamente”.

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