O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) , Carlos Nuzman, defendeu o também brasileiro João Havelange, ex-presidente da Fifa, envolvido em um caso de suborno na Suíça. O responsável pela organização dos Jogos Olímpicos do Rio em 2016 classificou Havelange como “uma das pessoas mais importante do século 20 no âmbito do esporte”.

“Ele mudou o futebol”, disse Nuzman. O cartola, entretanto, não quis comentar o caso de suborno envolvendo Havelange, que está sendo investigado pela Fifa. “Não posso dar opinião em um assunto da Fifa. É um assunto interno”, disse o dirigente em entrevista concedida em Londres à agência de notícias AFP.

Havelange foi condenado na Suíça por receber propinas da empresa de marketing esportivo ISL, durante os anos de 1992 e 1997. Na época, o brasileiro presidia a Fifa e negociou a venda dos direitos de transmissão das Copas de 2002 e 2006. O caso será investigado também pela entidade máxima do futebol, que pode tirar o cargo de presidente de honra dado ao brasileiro.

Havelange foi um dos cabos eleitorais da candidatura do Rio de Janeiro para receber as Olimpíadas de 2016. O dirigente esteve na eleição do Comitê Olímpico Internacional, em 2009, em Copenhagem, na Dinamarca. Na época, ele era membro do COI, cargo que ocupou por 48 anos e renunciou em 2011, após a entidade abrir uma comissão para investigar possíveis ligações do brasileiro com práticas corruptas.