A possibilidade de que um GP de Fórmula 1 seja realizado no Parque Olímpico de Londres após os Jogos de 2012 fez o ambientalista Jonathon Porritt, militante do partido verde britânico, ressaltar a “ironia da vida”. Ele se referiu aos esforços dos organizadores em tornar o evento sustentável e minimizar a dependência dos carros.

“Nossa vida é cheia de ironias, não é mesmo? Acho que relacionar sustentabilidade com uma corrida de Fórmula 1 é bem difícil. Fórmula 1 é a celebração do uso maluco de carros de muitas formas, e eu preferiria ver o parque sendo usado por ciclistas”, declarou Porritt.

A entidade encarregada por organizar o legado dos Jogos de Londres anunciou na última terça-feira que uma das quatro propostas para a concessão do estádio olímpico após o evento é de uma companhia ligada à Fórmula 1.

O chefe da categoria, Bernie Ecclestone, nega qualquer envolvimento direto na oferta, mas já admitiu que tem interesse me sediar uma corrida na capital britânica. No entanto, o clube de futebol West Ham ainda é considerado o favorito para ficar com a instalação depois dos Jogos.

Se a Fórmula 1 ainda está distante de Londres, há um exemplo vindo da Rússia, que incluiu uma corrida nos planos do legado da estação de Sochi, que será usada nos Jogos de Inverno de 2014. “É contraditório. Para mim, é extraordinário que alguém ache que isso está ao lado da sustentabilidade”, discordou o ambientalista Porritt.