Neste sábado, os organizadores dos Jogos Olímpicos de Londres anunciaram a abertura de uma investigação sobre as acusações de exploração de trabalhadores em uma fábrica da Adidas no Camboja, local da confecção de produtos oficiais dos Jogos.

O jornal britânico Daily Telegraph denunciou na sua edição deste sábado que empregados da fábrica da marca de material esportivo em Shen Zhou, nas fronteiras de hnom Penh, recebem 50 euros por mês para confeccionar roupas com a logomarca oficial da Olimpíada.

Trabalhadores da fábrica revelaram ao jornal que o salário pode chegar até US$ 120 caso aumentem em duas horas a jornada de trabalho e chegam as dez horas diárias.

“Acabamos de tomar conhecimento da acusação e levamos muito a sério”, informou o porta-voz do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, confirmando a abertura da investigação.

“A fábrica de Shen Zou é aparentemente inspecionada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo programa do Banco Mundial. Recomendamos regularmente todos nossos parceiros da importância de respeitar as regras na origem dos seus produtos”, explicou o porta-voz.

Em resposta ao jornal, o representa da marca de material esportivo afirmou que os funcionárias da fábrica ganham em média US$ 130 por mês, o que “está bastante acima do salário mínimo [oficialmente o valor para o setor têxtil no Camboja é de US$ 66)” e que a empresa “está segura que respeita todas as regras do Locog”.