Nadador brasileiro Gláuber Silva é suspenso por 2 anos por doping e perde vaga olímpica
Do UOL, em São Paulo
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Satiro Sodré/AGIF
Pego no doping pelo uso de testosterona, Gláuber Silva perdeu a vaga olímpica obtida em maio
A CBDA (Confederação Brasileira de Natação) confirmou nesta quarta-feira o doping e a consequente suspensão de Gláuber Silva. Flagrado no teste antidoping pela presença de testosterona, o nadador dos 100 m borboleta pegou um gancho de dois anos e perdeu automaticamente a vaga para os Jogos de Londres-2012.
NADADORAS TAMBÉM CAEM NO DOPING, MAS TÊM PENAS MENORES
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O mesmo painel da CBDA que aplicou dois anos de suspensão a Gláuber Silva também puniu outras duas atletas, Pâmela Alencar de Souza e a veterana Flavia Delaroli (f), mas ambas com ganchos mais brandos. Nenhuma delas estava classificada para a Olimpíada.
Pâmela caiu no antidoping pela presença de furosemida, um diurético, em exame feito durante o Troféu Maria Lenk, em abril. Apesar disso, a CBDA entendeu que não houve intencionalidade de aumento de desempenho e suspendeu a atleta por seis meses, além de cancelar todos os resultados obtidos por ela durante a competição.
Flávia teve punição menor ainda, apenas três meses de suspensão. O exame realizado pela nadadora durante a Tentativa Olímpica, em maio, atestou a presença de tuaminoheptano. Por ser uma substância presente em um medicamento do qual Flávia faz uso contínuo e informado, a CBDA excluiu a culpabilidade da atleta. A suspensão de três meses, porém, foi por negligência.
O doping positivo foi atestado em exame feito durante a Tentativa Olímpica, em maio, justamente o evento em que o atleta obteve classificação olímpica ao nadar os 100 m borboleta em 52s24.
Segundo a CBDA, o médico pessoal de Gláuber justificou que o índice elevado de testosterona se deve a um distúrbio hormonal do atleta. A explicação, porém, não foi aceita pela entidade, que alegou que a quantidade de esteroide encontrada no organismo do nadador foi fruto de uma administração exógena, isto é, que vem de fora do corpo.
A decisão final do caso saiu no painel da última terça-feira. A punição de dois anos, porém, começa a contar a partir de 16 de junho, dia em que Gláuber recebeu a suspensão provisória. Todos os resultados e prêmios obtidos pelo nadador durante a Tentativa Olímpica também estão retirados.
Membro do programa Bolsa Atleta, do Governo Federal, Gláuber também já teve suspensos os benefícios do programa, conforme informou o UOL Esporte na semana passada.
No ano passado, o maior nadador brasileiro da história, Cesar Cielo, foi um dos pivôs de um caso de doping e foi protagonista de uma audiência no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS na sigla em inglês). Apesar de seu exame ter dado positivo para a furosemida (diurético), Cielo não foi suspenso, apenas advertido pela CBDA, alegando que o suplemento alimentar que continha a substância havia sido manipulado. A decisão não agradou a diversos nadadores internacionais.
Além de Cielo, outros três nadadores foram flagrados pela mesma substância: Henrique Barbosa, Nicholas Santos e Vinícius Waked. Somente o último foi suspenso por ser reincidente. Os demais, assim como Cielo, levaram apenas advertência.
