Brasileiras vacilam, mas garantem vitória contra a Polônia no Grand Prix
Do UOL, em São Paulo
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Divulgação/FIVB
Brasileiras comemoram ponto marcado contra a Polônia em partida válida pelo Grand Prix
O Brasil quase deixou a vitória escapar para a Polônia no jogo deste domingo, pelo Grand Prix. Após ótimo começo de partida, abrindo 2 sets a 0, em 25-15 e 25-13, as brasileiras tiveram queda de rendimento e permitiram que as polonesas levassem o jogo para o tie-breake. Uma das falhas do time na primeira partida da competição, contra a Itália, o saque brasileiro funcionou e fez a diferença na vitória por 3 a 2 contra as donas da casa. As outras parciais foram de 23-25, 22-25 e 15-10.
O time do Brasil teve como titulares três destaques da primeira partida, contra a Itália. A levantadora Fernandinha, a oposta Tandara, que deixou Mari no banco, e a meio-de-rede Natasha. Fernandinha novamente teve boa atuação, acertando muitos saques e permaneceu em quadra na maior parte da partida. Mari teve que entrar no final do quarto set e ajudou o Brasil a vencer no set desempate.
Já no segundo tempo técnico do jogo, as brasileiras abriram vantagem de cinco pontos, em um 16 a 11. Muito bem no jogo, Fernandinha encaixou boas bolas no fundo de quadra com Fernanda Garay e Paula Pequeno, escapando do alto bloqueio Polonês - a média de altura das polonesas é de 1,87m - e ajudou o time brasileiro a fechar a primeira etapa com larga diferença no placar. Um erro de saque da Polônia encerrou o set em 25 a 15.
Apesar da melhoria no time polonês no início do segundo set, as brasileiras não deixaram o ritmo cair e, após uma sequência de ralis, abriram cinco pontos de vantagem, marcando 15 a 10.
A partir daí o Brasil cresceu no jogo e, com moral, acertou nos saques, quebrando a defesa adversária. A chance do set point brasileiro chegou com um ace de Tandara, marcando 24 a 12. A Polônia, no entanto, acertou no ataque e adiou o fim do set. Mas Fernanda Garay mostrou porque era a maior pontuadora do Brasil até então e acertou ataque forte na paralela e fechou em 25 a 13.
As polonesas reagiram no terceiro set e começaram na frente, aproveitando baixa brasileira e abriram 5 a 3. A desvantagem brasileira permaneceu até o meio do set, quando o bloqueio, nas mãos de Adenízia, mostrou eficiência e levou o Brasil a virar o placar para 14 a 12.
Mas o time da Polônia não desistiu, encostou e virou o set para 18 a 16. As brasileiras ainda correram atrás do resultado, mas as polonesas venceram por 25 a 23, com um ponto polêmico. Em um rali emocionante, as brasileiras reclamaram de uma bola ao chão, que a juíza considerou como defesa em peixinho da jogadora polonesa.
Abalado com o crescimento polonês, o time do Brasil permitiu que as adversárias abrissem 10 a 5 no quarto set. Na tentativa de melhorar a equipe, o técnico José Roberto Guimarães colocou Mari em quadra, que até entrou bem no jogo e ajudou o time a crescer, mas não foi o suficiente para segurar as polonesas.
Quase no fim do set, quando o Brasil perdia por 23 a 21, o treinador trocou a levantadora Fernandinha por Dani Lins. Apesar das tentativas de mudança do comandante brasileiro, a Polônia conseguiu fechar o set em 25 a 22.
Para o quinto set, José Roberto Guimarães voltou a apostar em Fernandinha e manteve Mari em quadra, na posição de oposta. Uma das mais experientes do time, a campeã olímpica recolocou o Brasil no jogo, que começou muito mal o tie-breake. Com uma sequência de saques, Mari empatou a partida em 6 a 6. A partir de então, o set desempate foi disputado ponto a ponto, mas Fernandinha sacou bem e Adenízia se destacou no bloqueio, garantindo a vitória por 15 a 10 para o Brasil.