Prova em "quintal de casa" opõe êxtase e calor com Maurren e frieza e decepção com Murer

José Ricardo Leite

Do UOL, em São Paulo

  • PAULO WHITAKER/Reuters

    Maurren recebe medalha no GP de São Paulo ao lado da filha Sofia

    Maurren recebe medalha no GP de São Paulo ao lado da filha Sofia

As duas são as melhores atletas brasileiras da história em suas modalidades e esperanças de boa participação nos Jogos Olímpicos de Londres. Mas Maurren Maggi e Fabiana Murer se apresentaram no Ibirapuera, na quarta, no GP São Paulo de atletismo, com momentos e reações distintas.

A etapa marcou o último contato das com público da cidade onde residem antes da Olimpíada inglesa.

Maurren, do salto em distância, teve sua disputa vista de maneira frontal pelas arquibancadas. O público assim se concentrou quase que exclusivamente em torcer por esta prova enquanto outras aconteciam simultaneamente. O melhor salto da brasileira, 6m85, foi quase comemorado como um gol.

A reação da atleta de São Carlos após a vitória, que lhe rendeu a terceira melhor marca do ano, foi proporcional. Em êxtase, disse até que vai ser difícil pará-la nos Jogos de Londres.

“Estou com muita, muita confiança. A confiança vem de dentro. Eu estava muito confiante para fazer um bom resultado aqui. Aqui é o quintal da minha casa, todo mundo sabe. Eu estando bem, não tem como não saltar. Muita emoção, está sendo incrível. Mais um ano mágico e brilhante na minha vida”, falou.

“Faço valer a pena. Estou mostrando que estou fazendo valer a pena, mais uma vez na minha vida. Na Olimpíada quero brigar, e vai ser difícil me derrubar. Foi uma marca espetacular. Estou confiante sei que trabalho muito”, continuou.

FABIANA FICA EM SEGUNDO

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Já Fabiana Murer não teve a mesma felicidade na localização de sua prova. O salto com vara foi disputado em um local distante do contato com o público, e poucas pessoas foram para um local descoberto, em momento de chuva, e distante da arquibancada frontal. A relação com a torcida ficou mais fria.


“Estava um pouco mais isolado lá. Quando tem mais gente no estádio, é melhor, fica mais animado, a motivação é maior. Mas o atleta tem que estar concentrado no que vai fazer. Tentei fazer uma boa marca, mas não consegui”, lamentou Fabiana, mas sem querer associar a marca não obtida com o fator torcida.

Ela se mostrou decepcionada por não te feito uma marca que desejava na primeira prova do ano. “Eu acho que não apresentei o que tinha que apresentar. Ela [a rival cubana que ganhou a prova] saltou bem, e eu saltei mal”, falou a brasileira.

“Acabou não saindo [o salto que planejava], eu estava um pouco presa. Não sei explicar o que aconteceu”, continuou.


Mas Fabiana procurou não deixar o abatimento tomar conta e já falou em pensar em melhora e nas próximas competições.

“Eu poderia saltar bem mais alto do que isso. Agora é esquecer essa competição e pensar pra frente porque eu posso saltar melhor”, finalizou.

Maurren Maggi
Maurren Maggi

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