Brasil compete para estar em Londres em um "esporte que muita gente nem sabe que existe"
Pedro Taveira e Fabiano Alcântara
Do UOL, em São Paulo
-
Wagner Carmo / Inovafoto / COB
Sarah Nikitin, do tiro com arco, calibra a pontaria
- Inspiração nos elfos do Senhor dos Anéis não rende medalhas para o Brasil no Pan
“Muita gente nem sabe que existe o tiro com arco como esporte.” É com esse pensamento que Sarah Nikitin começa a brigar por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Londres no Campeonato Panamericano de Tiro com Arco em Medellín, na Colômbia. A competição começa hoje.
Serão distribuídas três vagas para Londres-2012 em cada gênero, mas apenas o máximo de uma por país. O qualificatório por equipes será disputado no mês que vem.
Com apenas cerca de 500 atletas federados, o tiro com arco sofre para emplacar no Brasil. Na Itália, por exemplo, este número gira em torno de 22 mil.
Para Eros Fauni, diretor da Confederação Brasileira de Tiro com Arco, o problema pode estar no próprio esporte, “estático, que não interessa à televisão”.
De acordo com Nikitin, porém, esse quadro já está mudando. “As pessoas sabem apenas dos arcos dos filmes, dos índios. Acredito que esta divulgação virá, e já está vindo, com o desenvolvimento da equipe brasileira”.
O time nacional conta com uma seleção permanente e treina sob o comando do técnico sul-coreano Lim Hee Sik.
Se depender das projeções de Fauni, o tiro com arco do Brasil estará presente na Olimpíada. Segundo o dirigente, a equipe tem 80% de chance de vaga no masculino e 50% no feminino.
Dos atuais atletas, apenas Luiz Gustavo Trainini já sentiu o gosto de ir aos Jogos. Ele esteve em Pequim-2008, quando terminou na 61ª posição.