Custo da Olimpíada de 2012 ultrapassa a marca de R$ 30 bilhões e ingleses se assustam
Roberto Pereira de Souza
Do UOL, em São Paulo
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AP Photo/Sang Tan
Imagem externa do Estádio Olímpico de Londres
Susto olímpico: os ingleses acabam de descobrir que o custo da Olimpíada de Londres-2012 terá um acréscimo de 2,4 bilhões de euros (ou R$ 5,6 bilhões).
A informação foi divulgada nesta sexta-feira pela presidente da comissão de contas públicas, Margaret Hodge, da Câmara dos Comuns. Os jogos começam em julho.
“É impressionante que as contas iniciais tenham sido tão subestimadas”, disse a parlamentar inglesa, enquanto repassava as planilhas. Com esse acréscimo o custo olímpico final saltou para 13 bilhões de euros (ou R$ 30,3 bilhões).
Os parlamentares ingleses descobriram que o preço do terreno onde está construído o Parque Olímpico de Strattford e do chamado legado social das obras também ficará fora da soma total de gastos.
O terreno exige o pagamento de 937 milhões de euros (R$ 2,2 bilhões) e as obras da área consumirão mais 982 milhões de euros (ou R$ 2,3 bilhões).
Inicialmente, os organizadores disseram que a Olimpíada de Londres “geraria” um milhão de novos atletas. O primeiro-ministro conservador David Cameron vê a cifra como exagerada. Até o momento, pouco mais de 109 mil pessoas foram cadastradas como novos esportistas na Inglaterra.
A crise econômica na Europa também deixou seu passivo na Inglaterra, apesar de o país não integrar o grupo de nações que adotaram o euro como moeda única.
Cerca de um quarto da população jovem entre 18 e 25 anos de idade (universitários e recém-formados) está desempregada. A taxa só é menor que a da Espanha, onde 40% dessa faixa etária está fora do mercado de trabalho.
Como combustível extra nas discussões dos parlamentares ingleses, surge o tema segurança. Londres deverá ser “blindada” durante os Jogos a um custo de 658 milhões de euros (R$ 1,53 bilhão). O governo fixou que 23 mil agentes serão responsáveis pela segurança das instalações. O número inclui barcos de guerra da Marinha e esquadrões especiais da força áerea.
O golpe mais duro na organização até agora é a negativa do clube de futebol West Ham em assumir a manutenção do Estádio Olímpico a partir de 2013.