Enquanto seus colegas de seleção brasileira dão duro em torneios para somar pontos essenciais para a classificação olímpica, Leandro Guilheiro vive situação peculiar.

Judoca mais bem colocado entre os brasileiros na lista de rankings da FIJ (Federação Internacional de Judô), Guilheiro tem optado por não participar de competições internacionais e priorizar a preparação física.

O duas vezes medalhista olímpico na categoria até 73 kg (bronze em Atenas-2004 e em Pequim-2008) ocupa a segunda colocação no ranking mundial da categoria até 81 kg, atrás apenas do sul-coreano Kim Jae-bum.

Sua distância é de mais de mil pontos sobre o segundo brasileiro mais bem colocado, Flávio Canto, que até já desistiu da classificação e irá comandar um programa global.

Mesmo optando por não competir, Guilheiro viajou com a delegação brasileira para Paris, que abriga neste sábado e domingo o Grand Slam de judô, evento que oferece 300 pontos ao campeão, 180 ao vice e 80 para os terceiros colocados.

O intuito do judoca é fazer um período especial de treinamentos em solo francês, que, afirma ele, será “muito rico em material humano”.

No embarque, o paulista de 28 anos celebrou o fato de, segundo ele, pela primeira vez estar inteiro na caminhada rumo a uma Olimpíada.

“O que diferencia a minha preparação para esta Olimpíada é que não tenho lesão nenhuma. Nas outras eu tinha lesões”, explicou ele, mostrando-se mais em forma do que nunca, diferentemente de seu principal oponente, o sul-coreano Kim, que está machucado.

Na competição na capital francesa, o Brasil será representado por Sarah Menezes (até 48 kg), Erika Miranda (até 52 kg), Ketleyn Quadros (até 57 kg), Mayra Aguiar (até 78 kg), Felipe Kitadai (até 60 kg), Leandro Cunha (até 66 kg), Tiago Camilo, Hugo Pessanha (ambos até 90kg), Luciano Correa, Leonardo Leite (ambos até 100 kg), Daniel Hernandes e Rafael Silva (ambos acima de 100 kg).