Boxe prioriza estilo à Muhammad Ali e vai aposentar sistema eletrônico pós-Londres

Da Reuters

Em Londres (ING)

  • Caio Guatelli/Folhapress

    Everton Lopes (de azul) será um dos brasileiros nos ringues na Olimpíada de Londres-2012

    Everton Lopes (de azul) será um dos brasileiros nos ringues na Olimpíada de Londres-2012

A tecnologia no boxe, que definirá os vencedores de cada luta na Olimpíada de Londres, está com os dias contados no programa olímpico.

A Aiba (Associação Internacional de Boxe Amador), entidade controladora da modalidade, decidiu que, para valorizar o estilo de luta de cada boxeador, o sistema utilizado para computar os golpes será aposentado depois dos Jogos deste ano.

O mecanismo, computadorizado, utilizado pela primeira vez no Mundial masculino do ano passado, funciona de forma que o pugilista acumula um ponto cada vez que encaixa um golpe no oponente. Ganha o combate quem pontuar mais, independentemente da técnica utilizada durante a luta.

Com a mudança, volta-se a valorizar a opinião dos jurados, que darão notas aos lutadores em cada round de acordo com sua performance geral, não considerando apenas o número de golpes desferidos corretamente.

“No momento não há como avaliar os pugilistas como artistas que exibem seu estilo. Muhammad Ali, por que se destacou? Devido ao seu estilo”, disse Wu Ching-kuo, o presidente da Aiba, referindo-se ao norte-americano que é considerado por muitos especialistas como o melhor boxeador da história.

O peso-pesado Ali, um dos maiores nomes do esporte nos anos 1960 e 1970, diferenciava-se dos adversários por ser uma espécie de bailarino dos ringues. Protagonizou combates memoráveis (contra Joe Frazier, Ken Norton e George Foreman, por exemplo). Hoje, sofre do mal de Parkinson.

O Brasil, até agora, classificou três atletas para a Olimpíada-2012: o campeão mundial Everton Lopes (até 64 kg), Róbson Conceição (até 60 kg) e Esquiva Falcão (até 75 kg).

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