Velejadora que desistiu dos Jogos diz que está grávida e critica falta de apoio em Portugal
Das agências internacionais
Em Lisboa (Portugal)
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AP Photo/Michael Sohn
Carolina Borges, velejadora brasileira que disputaria os Jogos de Londres por Portugal
O motivo que levou a ex-modelo brasileira, naturalizada portuguesa, Carol Borges a abandonar a vela nos Jogos Olímpicos foi uma gravidez de três meses. A velejadora afirmou ao jornal português A Bola que se sentiu insegura em competir grávida, principalmente pela ausência de um barco de apoio para ela.
“Estou grávida de três meses e a área das primeiras regatas da classe seria longe, logo muito perigoso para mim. Nas pranchas à vela não dá para levar nada conosco, é preciso um barco de apoio. Aliás, todo o apoio falhou. Fui adiante com a decisão de não competir por não ter ajuda. Confesso que fiquei com medo de ir para longe em regata e ficar numa situação que me colocasse em perigo. Tinha de tomar uma decisão médica”, afirmou a brasileira.
Segundo Carol, a Federação Portuguesa de Vela e o Comitê Olímpico Português negaram a credencial para seu treinador e preferiram mandar um fisioterapeuta na equipe que foi para Weymouth, onde a vela está sendo realizada. Ela seria a única da delegação lusitana que está sem técnico na Inglaterra. Além disso, ela também afirmou que os dirigentes chegaram a prometer apoio financeiro para sua preparação, mas nunca cumpriram o acordado.
A missão portuguesa em Londres anunciou que irá investigar o incidente.
Carol, de 33 anos, representou o Brasil na Olimpíada de Atenas-2004, mas depois se naturalizou portuguesa - seu avô nasceu no país. Ela mora em Miami e é casada com o norte-americano Mark Mendelblatt, que está em Londres disputando a classe Star. Antes de virar velejadora, ela trabalhou como modelo.