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COI: "Ainda não há evidências de corrupção em escolha de sedes dos Jogos"

Jonathan Ferrey/Getty Images
Investigação acontece após a descoberta de indícios de suborno envolvendo o ex-presidente da Iaaf, Lamine Diack (foto) imagem: Jonathan Ferrey/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

O Comitê Olímpico Internacional afirmou nesta terça-feira (1º) não ter nenhuma evidência para apoiar a investigação sobre compra de votos nas escolhas das cidades-sedes dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, e 2020, em Tóquio.

Em nota oficial, o COI disse ter pedido às autoridades francesas para fazer parte das investigações sobre corrupção no atletismo, o que poderia se espalhar para a escolha das cidades-sedes dos Jogos Olímpicos.

Em declarações publicadas pela agência “AP”, o porta-voz do COI Mark Adams afirmou que não há nada que a entidade possa fazer por ora, pois nenhuma evidência foi apresentada. “É muito fácil falar sobre, mas ninguém tem nenhuma evidência. Não há nada que possa ser feito por nós. Nesse momento, não há nenhuma atitude”.

“Temos estrutura. Temos uma comissão independente de ética. Mas até agora não há nenhuma evidência”, ressaltou. “Quando chegarem as provas, vamos agir sobre elas”, completou.

Em entrevista à “Reuters”, o diretor de Comunicação do Comitê Rio 2016, Mario Andrada, afirmou que a escolha do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos foi “justa”. “O Rio de Janeiro ganhou o direito de sediar os Jogos porque tinha o melhor projeto. A diferença de votos no final, 66 a 32 (contra Madri), exclui qualquer possibilidade de uma eleição que pudesse estar viciada”.

Mais cedo nesta terça, o inglês “The Guardian” publicou que a Justiça francesa abrirá investigação para avaliar a possível compra de votos no processo de escolha das sedes das Olimpíadas de 2016 e 2020.

De acordo com o periódico, as autoridades querem descobrir se alguma das candidaturas aos Jogos pagou propinas a membros do Comitê Olímpico Internacional (COI).

A investigação acontece após a descoberta de indícios de suborno envolvendo o ex-presidente da Iaaf, Lamine Diack, e seu filho, Papa Massata Diack. A reportagem aponta indícios que Diack teria providenciado "seis parcelas" a serem entregues aos demais membros do COI em 2008. O dinheiro seria, supostamente, propina para comprar votos em prol da candidatura do Qatar para os Jogos de 2016.

Lamine Diack, que foi membro do COI de 1999 a 2013, seria o responsável por receber o pagamento e repassar aos outros dirigentes antes das eleições, que ocorreram em 2009 e terminaram com a vitória brasileira. O The Guardian, porém, não cita qualquer irregularidade na vitória do Rio de Janeiro.

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