Presidente do COI se diz confiante para combate do vírus Zika até Rio-2016
Presidente do Comitê Olímpico Internacional, o alemão Tomas Bach disse estar confiante nas atitudes tomadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e organizações regionais para o combate do vírus Zika, nesta quinta-feira (02), em entrevista ao jornal norte-americano USA Today, durante visita a Los Angeles, candidata a ser sede olímpica para 2024.
“Estamos muito confiantes por diferentes razões. Primeiramente, pelas ações da OMS, que declarou estado de emergência global. Isso cria não só mais alerta, mas também disponibiliza mais fundos para combater o problema”, afirmou.
“Em segundo lugar, estamos vendo que as autoridades brasileiras realmente estão fazendo campanhas para reduzir os riscos”, prosseguiu Bach, que ainda observou que os Jogos no Rio de Janeiro acontecerão durante o inverno, período do ano em que deverão ter menos mosquitos para espalhar o vírus.
“Não estamos apenas em contato com a OMS e o comitê organizador, estamos conversando com todos os 206 comitês nacionais e pedimos para que todos entrem em contato com autoridades locais para tomarem todas as medidas de prevenção. Tudo isso nos faz muito confiantes”, concluiu.
A preocupação com o vírus Zika tem afetado diretamente a Olimpíada de 2016. Na última quarta-feira (03), dois pesquisadores americanos, Arthur Caplan e Lee Igel, assinaram uma coluna na revista Forbes pedindo o cancelamento do evento por conta da proliferação da epidemia.
"Quem vai viajar para o Rio em meio a uma epidemia de Zika? Não mulheres jovens, que podem ficar grávidas e dar à luz a uma criança com deficiência. Não homens sexualmente ativos que correrão o risco de transmitir o problema à parceira", diz a publicação.
Na segunda-feira, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, reconheceu a preocupação com o vírus Zika, mas descartou cancelar a Olimpíada por isso, dizendo que o "esclarecimento" é a melhor forma de combater o problema.