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Governo reconhece impacto do Zika na Olimpíada, mas descarta cancelar Jogos

Pedro Ladeira/Folhapress

Leonardo Goy

Da Reuters, em Brasília

O governo federal reconheceu nesta segunda-feira ter preocupação com o impacto do Zika vírus na Olimpíada deste ano no Rio de Janeiro, mas descartou cancelar o evento marcado para agosto por causa da doença, disse o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.

Ele participou de reunião de ministros com a presidente Dilma Rousseff sobre o Zika, declarado nesta segunda uma emergência global de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

"É claro que a gente tem preocupação e a única forma de evitar qualquer coisa é o esclarecimento", disse Wagner a jornalistas.

O ministro destacou que, no caso específico da Olimpíada, a principal explicação será esclarecer que o dano mais dramático que pode ser causado pelo Zika é a contaminação de mulheres grávidas, que pode resultar na microcefalia de seus bebês.

"Se não for uma mulher grávida, o risco é zero no sentido de um mal maior", disse.

Questionado se o Zika pode afetar o fluxo de turismo no Brasil, o ministro admitiu que pode haver um "recolhimento" em relação aos países que anunciaram casos de Zika e admitiu que, no caso das grávidas, "não é recomendável" vir a um país com casos da doença, justamente pelo risco da microcefalia.

Wagner disse ainda que o governo brasileiro recebeu de forma "positiva" a decisão da OMS, por se tratar de um órgão importante fazendo um alerta sobre a doença.

Ele disse, ainda, que Dilma fará pronunciamento em cadeia nacional para pedir mobilização no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do Zika. A presidente gravou o pronunciamento nesta segunda, mas ainda não foi definida a data em que ele será transmitido.

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