! Nadador italiano sonha com Rio-2016, mas divide treinos com vida de modelo - 10/09/2015 - UOL Olimpíadas

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Nadador italiano sonha com Rio-2016, mas divide treinos com vida de modelo

Guilherme Costa

Do UOL, no Rio de Janeiro

Vice-campeão mundial dos 50m livre em Xangai-2011 (perdeu para o brasileiro César Cielo), Luca Dotto, 25, é uma das maiores esperanças da natação italiana para os Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro. No entanto, ele nem pensa em se concentrar apenas no evento. Além do trabalho nas piscinas, o atleta é modelo da grife italiana Armani, do estilista Giorgio Armani.

“Não é um trabalho de tempo integral. Eu faço seis ou sete sessões de fotos por ano e vou três vezes por ano ao fashion show de Milão. Não é usual. Só preciso tirar algumas folgas dos treinos durante o ano para fazer coisas divertidas, mas isso não atrapalha. Acho que sou um cara de muita sorte. Todo modelo sonha com a Armani, e eu tenho essa felicidade”, disse Dotto, que está no Brasil para disputar o Desafio Piraquê Raia Rápida na piscina do Botafogo, no Rio de Janeiro.

Dotto chamou atenção em 2008, quando venceu os 100m livre e foi prata nos 50m livre do Mundial júnior disputado em Monterrey (México). Depois disso, consolidou-se como o principal velocista da natação italiana. Em 2015, integrou o time que obteve medalha de bronze no revezamento 4x100m livre do Mundial de esportes aquáticos de Kazan (Rússia). A participação dele em Londres-2012 foi comprometida por uma lesão nas costas sofrida um mês antes dos Jogos Olímpicos.

Fora das piscinas, o italiano já participou de campanhas de roupas, perfumes e acessórios. Em maio de 2014, Dotto chegou a gravar um comercial sem roupa para o lançamento de uma nova fragrância.

A atual passagem é a primeira do italiano pelo Rio de Janeiro. A despeito de ser comprometido – namora há três anos com a compatriota Constanza di Camillo, atleta do nado sincronizado –, Dotto fez elogios às mulheres brasileiras: “Elas são famosas em todo o mundo pela beleza. Brasileiras e italianas são as mais bonitas para mim”.

Nadador italiano é policial, mas prefere sunga a farda

O caso de Dotto, aliás, não é o único entre os italianos que disputam o Desafio Piraquê Raia Rápida. Mirco di Tora, 29, também concilia a natação com outra carreira: seguindo uma tradição de família, ele é policial.

Di Tora passou um ano na academia de polícia quando tinha 19 e fez todo o treinamento. Ele não trabalha nas ruas atualmente, mas compete como representante da corporação. “Em dois ou três anos eu vou seguir carreira na polícia”, disse ele nesta quinta-feira (09). “Eu sempre sonhei com a polícia. Meu pai foi um policial também. É uma tradição na minha família”, completou.

Em 2010, Di Tora chegou a dar voz de prisão a um homem que invadiu a casa do nadador, mas foi descoberto e depois perseguido por ele. “Eu estava apenas de cueca e tive de correr com o pé na neve. O rapaz que dividia apartamento comigo chamou a polícia, e aí meus colegas me ajudaram a prender o cara”, relatou.

Na manhã seguinte, Di Tora foi ao tribunal e testemunhou contra o invasor, que foi condenado a um ano de reclusão.

Apesar da experiência e da vontade de trabalhar na polícia, Di Tora tem um problema: usar a farda completa. “Prefiro a roupa de natação. Não sou muito bom com gravatas”, concluiu o nadador, que espera encerrar na Rio-2016 a trajetória em Jogos Olímpicos: “Só espero não ter de prender ninguém”.

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